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terça-feira, 17 de abril de 2012

NAS ENTRELINHAS DO HORIZONTE. - Novo livro de Humberto Gessinger

1(*).(*)(*)(*) HORIZONTES


Parece que foi ontem (à tardinha) que a editora Belas Letras me convidou para escrever meu primeiro livro. Fiquei cheio de dedos, mas era pra falar do meu time, para uma coleção... aceitei.
Parece que foi hoje (de manhã) que a editora Belas Letras me convidou para escrever o PRA SER SINCERO. Fiquei cheio de dedos, tenho respeito e paixão pela palavra escrita em geral e pelo livro em particular.   Não queria entrar “de bicão” nesta, tenho os dois pés atrás com caras polivalentes... pensei... aceitei.
Parece que lanço livros há 10.000 anos. 10.000 felizes anos repletos de sessões de autógrafo onde observo o carinho com que as pessoas carregam um livro. Mais cuidadosas do que são com discos, apesar destes serem mais frágeis do que aqueles.
Nos bate-papos literários, nas feiras de livro, é comum me pedirem pra falar sobre diferenças e semelhanças entre música e literatura, discos e livros. Música é uma forma de arte mais ambiciosa, na minha opinião, a que mais se aproxima do sublime. Mas a literatura é deliciosamente humana. Talvez por juntar a solidão de quem escreve com a solidão de quem lê, dá sensação de intimidade. “Parceria” talvez seja a palavra certa pois o leitor tem que reconstruir todos os sentimentos e pensamentos do autor, codificados em símbolos gráficos extremamente abstratos. Pequenas manchas no papel, ordenadas de forma específica, ganham vida. Pura magia. O leitor é menos passivo do que o ouvinte. E infinitamente menos passivo do que um espectador de cinema. 
Estou lançando meu quarto livro, NAS ENTRELINHAS DO HORIZONTE. Na primeira parte (que se chama O Dia Em Que Deixei De Ser Criança) falo de inúmeros ritos de passagem que, irônicamente, às vezes passam despercebidos. Detalhes cotidianos, entrelinhas de um texto que só saltam aos olhos num olhar mais abrangente, contra o pano de fundo do horizonte. A magia de um momento fugaz na perspectiva que só o tempo dá.  Viagens entre micro e macro, do pessoal ao geracional ao universal e de volta ao pessoal.
A segunda parte é composta por textos que tiveram sua primeira versão publicada aqui, no BloGessinger, mas foram reescritos. Há uma frase corrente no meio editorial que sempre achei engraçada: “Blogueiro é um pichador que usa ponto final”.  Sob o chiste preconceituoso, há uma lição: nem sempre o imediatismo e a fragmentação naturais de um blog se justificam em um livro. Percorrer o caminho entre as duas linguagens (quase uma tradução de blog pra livro) me trouxe à mente a relação entre discos de estúdio e discos ao vivo. Nos primeiros, a novidade. Nos segundos, novas versões de músicas conhecidas com a participação do público. 
Ops, melhor parar de falar do conteúdo para não estragar a experiência da primeira leitura, né? Da capa, posso falar. E tentar descobrir possíveis influências no seu desenho.
Minha ideia original era voltar ao local onde foi feita a foto da capa do Longe Demais Das Capitais com Eurico Salis, o mesmo fotógrafo do disco. Achar o mesmo ponto da câmera, mesmo horizonte, 26 anos depois. Logo descobrimos que o local está irreconhecível, só iriam sacar que era o mesmo se a capa viesse com uma bula explicando. Optei, então, por um horizonte na serra gaúcha, muito significativo para mim.
A nova locação trouxe a possibilidade de incluir outro elemento: a dualidade fora/dentro. O horizonte, por contradição, sempre me parece mais intenso visto através de uma janela de carro, de quarto, de trem, de avião... e veio a ideia de fazer um recorte na capa, realizar a janela. É um lance lúdico, quase uma brincadeira infantil, que valoriza o livro como objeto físico. Legal sublinhar isso pois, pelo andar da carruagem, não sei até quando os livros de papel sobreviverão.
Uma foto no mesmo local vários anos depois causa em mim o mesmo efeito de uma foto onde apareço várias vezes. Uma brincadeira com o espaço/tempo. Talvez por isso, na impossibilidade de voltar ao local longe demais da capital, inconscientemente, repetimos o truque da capa do Pouca Vogal.
Ops, melhor parar de falar da capa... e ver alguma coisa, né?
outdoor/indoor: o início
pintou a ideia do corte
e foi registrada numa toalha de papel
no café da manhã de um hotel no interior de Minas
será que a ideia veio de um destes?
os elementos foram se definindo
outdoor/indoor... quadro/janela...
 talvez a ideia do amarelo/preto tenha vindo do verde/preto...
nah, acho que tô viajando!
fotoxópi? não sei do que se trata

Zero Berto, Um Berto, All Bertos
(by Melissa Mattos)
parece que foi ontem... taí!
nunca tinha notado este tipo de placa.
agora salta aos olhos
Todos nós, envolvidos na feitura livro, estamos muito satisfeitos com o resultado. E ansiosos para saber   o que pensarão/sentirão todos os envolvidos na leitura do livro! 

A Stereophonica vai continuar fazendo o que fez com Meu Pequeno Gremista, Pra Ser Sincero, Mapas do Acaso e HGenda: servir um café delicioso às segundas-feiras para que eu autografe os livros. É sempre mágico imaginar onde cada exemplar vai parar. Taqui o link (só para o livro com autógrafo personalizado, o café não está incluído, é um pequeno grande privilégio do autor):  http://str.ph/entrelinhasdohorizonte 

Um abraço para todos!
Nos encontramos na estrada que o livro traçar, ok?
Um superagradecimento à parceirinha de sites, discos, livros, delírios visuais e seu bloquinho de anotações:


Valeu, Messy.
17abr2012

bah: se quiserem compartilhar alguma experiência de leitura dos livros anteriores, das feiras de livro ou das sessões de autógrafo, soltem o verbo nos comentários! Tem sido um show à parte. Pena que não dá pra  colocar foto ali... ia sugerir que pousassem em frente a janelas... seria legal ver 10.000 Horizontes. Novos Destinos.


 
Postado no Blog do artista.


Sinopse - Nas entrelinhas do horizonte - Humberto Gessinger

O mundo é ímpar, não dá para dividi-lo em duas metades iguais. Muito menos ver a linha imaginária que separa a infância da vida adulta. Contemplando o horizonte embalado pela trilha sonora que o tornou um dos ícones do rock brasileiro, Humberto Gessinger evoca neste livro a memória afetiva para construir crônicas pulsantes e arrebatadoras, em que cada página é uma janela onde passado, presente e futuro se misturam para compor juntos a cena. Uma paisagem que só pelas entrelinhas revela a força da sua música e da sua poesia.

Nas entrelinhas do horizonte - Humberto Gessinger

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