Como se explica no Brasil a presença de ladrões da coisa pública (isto é: da cleptocracia) em todos os níveis (federal, estadual, distrital e municipal), em todos os tempos (para os séculos XVI, XVII e XVIII veja A arte de furtar, livro atribuído ao Padre Manuel da Costa; para o século XIX veja João Francisco Lisboa, Jornal de Timon) e em praticamente todos os partidos? Não é tarefa difícil: o sistema político brasileiro (com raríssimas exceções) sempre foi um balcão de negócios e predominantemente um escritório de gerenciamento dos interesses das classes dominantes. O Estado brasileiro (com raríssimas exceções) sempre foi governado ou cogovernado por ladrões, não por partidos verdadeiros, sim, por facções, que se apropriam do poder público como se fosse propriedade privada, praticando a corrupção, o fisiologismo, o nepotismo, o parentismo, o clientelismo e dezenas de outros “ismos” mais. Nestes “ismos” residem os vícios maiores do patrimonialismo, que constitui a primeira expressão do Estado cleptocrata.
Nesse enviesado modelo de Estado (onde reina a imoralidade e o salve-se quem puder) descansam também outras anomalias como (a) o uso da lei (e do Direito) para se promover a pilhagem do patrimônio público (as doações empresariais se encaixam nessa situação) e (b) o estilo de vida corrupto, que constitui o eixo (o leit motiv) da grande bandidagem do colarinho branco, protagonizada por políticos + altos escalações do funcionalismo + agentes econômicos + agentes financeiros, todos unidos em Parceria Público/Privada para a Pilhagem do Patrimônio Público (crime organizado P6).
Como acontece o processo de degeneração moral de todos os protagonistas da criminalidade organizada P6? O processo se desenvolve, desde logo, em três etapas: (a) convivência, (b) conivência e (c) e canalha-existência. Tudo tem início com a convivência com as regras da cleptocracia (seja no mundo partidário propriamente dito, seja no núcleo familiar onde o político-ladrão transmite seus desvalores para todos os que o cercam). Dos que foram eleitos em 2014, mais de 80 parlamentares são parentes diretos ou indiretos de velhos políticos profissionais. Quando os códigos morais passados por eles aos filhos, parentes e amigos são deteriorados, todos acabam aprendendo a roubalheira. De acordo com Sutherland, a criminalidade não se inventa, se aprende (teoria da associação diferencial).
Depois da convivência vem a conivência até se chegar à “canalha-existência”, que obriga os cleptocratas, nos casos patológicos, após tantos anos em contato com a podridão do crime organizado em torno da res publica, a tudo fazerem para se preservarem nos lucros ilícitos ou no poder, já sem nenhuma continência (contenção), que está na raiz de uma impensável crise crônica de abstinência. Os políticos, especialmente, depois de longos anos na labuta da criminalidade organizada, se torna um profissional irreclicável para o mercado lícito.
A historiografia de centenas ou até mesmo milhares de políticos tem total similitude com a deformação moral gerada pela banalização do mal (tal como descrita por Hannah Arendt). No âmbito da carreira policial isso se chama policialização (veja o relato do ex-policial Rodrigo Nogueira, no livro Como nascem os monstros). No campo da política o fenômeno se chama canalha-existência. Enquanto a vida pública brasileira não for depurada da cleptocracia, do atraso e da ignorância o nosso futuro está seriamente comprometido. Há vários antídotos para esses males, mas o mais relevante é algo que só depende de cada um de nós: ética e moralidade.


A pesada herança histórica (Leo Rosa de Andrade)
A corrupção é um negócio, que tem sua história, que vem se aperfeiçoando, ou se desdobrando conforme forma de governo, regime político ou sistema econômico vigentes. O primeiro caso de tráfico de influência de que se tem notícia, devidamente documentado, e que forma tradição no assunto, vem de Portugal: “(…) corria o século XV quando o Infante Dom Henrique, conhecido como o Navegador, lançou mão de seu prestigio para pedir emprego para um criado” (Cohen, O Globo: 1994).
Pero Vaz de Caminha não chegou a pedir emprego, mas sim um favor: “(…) A Ela peço que, para me fazer singular mercê, mande vir da Ilha de São Tomé, Jorge de Osório, meu genro, o que d’Ela receberei em muita mercê. Beijo as mãos de Vossa Alteza”. Quanto a este pedido, denuncia mais do que comumente se entende, pois “ (…) não se referia à possibilidade de um emprego para um parente, como se tornou habito afirmar, mas era uma suplica para que fosse perdoada a pena de degredo na ilha de São Tomé que afligia seu genro, Jorge de Osório, já condenado por extorquir dinheiro do abade de Rio Mocinhos.” (Pedro Cavalcanti, A corrupção no Brasil: 22).
Para bem assuntar os dias que ocorrem, torna-se importante não olvidar a Metrópole, porque boa parcela das imperfeições que avergoam o presente são legado lusitano. “Os vícios da administração pública são ancestrais. No Brasil, a papelada da burocracia, os cartórios, quase tudo foi herdado de Portugal.” (veja KRIEGER, Gustavo, RODRIGUES, Fernando e BONASSA, Elvis Cesar. Os donos do congresso: a farsa da CPI do Orçamento. São Paulo: Ática, 1994).  De feito, ainda que estejam longe os já mais de quinhentos anos que distanciam no tempo o episódio do descobrimento, a forma como se constituía o Estado e se exercia o governo português, que determinaria o modo de colonizar o Brasil, centralizado, corrupto e autoritário, gerou procedimentos que respingam influência sobre a época vigente.
O aparato administrativo luso pôs-se estabelecido no Brasil antes que se imaginasse, sequer alguma articulação de sociedade civil. E todo o cuidado na organização da Colônia buscava, tão somente, atender aos interesses fiscais das Coroa, que necessitava de recursos, para sustentar seu fausto, em face do que uma razoável burocracia fazia expressão de corpo do Estado. Não obstante haver gestões regionais em mãos privadas, em face das distâncias próprias das dimensões do território, elas eram inarticuladas, e sobre todas caía o aparelho estatal, exclusivo laço a mantê-las como nação única, exigindo o suprimento das conveniências tributárias da Corte. “A articulação política da Sociedade Civil, o conhecimento de si fazia-se assim, entre um nucleamento populacional e outro – pela intermediação do Estado – era ele quem tinha a ideia do Brasil, não os vários núcleos de população.” (Oliveiros Ferreira, A teoria da coisa nossa: 37).
A vida privada, por sua vez, era decorrência do processo de colonização adotado, era expressão dele. Dentro de tal espartilho, era produzida e se reproduzia, do mesmo modo, em todos os rincões, bem assim, autoritária, com o latifundiário detendo sobre seus dependentes (aí incluídos os familiares propriamente ditos, como tais considerados os parentes diretos e  por afinidade, bem como os agregados e o escravos) poder deliberativo de administração e justiça, gerando e mantendo subordinação, seja nas casas de fazenda, seja nas cidades, que eram meros pontos de intercâmbio de interesses dos senhores de terra. “Note-se, contudo, que o gênero de vida a que a colonização e a perspectiva exterior de que a Colônia tornava possível uma identidade objetiva de formas de vida e organização familiar (…) Era uma vida eminentemente agrária, fundada no domínio senhorial-escravocrata e na família patriarcal – forma de organização familiar que se transmite facilmente às cidades através da ação da Igreja e das circunstâncias de terem sido núcleos urbanos, durante muito tempo, mera extensão de latifúndio (…), e não uma oposição social, econômica, e política às formas da vida existentes no campo. O caráter do latifúndio brasileiro e a ação da Igreja imprimiam a toda sociedade colonial,, apesar de mal articulada sobre o território, o mesmo “ethos” marcadamente rural em que os valores que antecedem o capitalismo não penetraram. (…)” (Oliveiros Ferreira, A teoria da coisa nossa: 37).
A sujeição, assim, compunha, já de então, o cotidiano, por decorrência de subalternação ao especulador burocrata do governo português, aos gananciosos senhor de terras privado, que participavam, um e outro, da mesma visão cultural do mundo, tendo como única distinção a diversidade de interesses que representavam diante dos assuntos fiscais. Eram, ambos, déspotas que poderiam decidir em face de conflito por hegemonia, nunca por pretenderem estado de coisas diverso do existente. Fora disso era o nada, por inexistir qualquer articulação social optativa. “(…) Para os setores que se poderiam dizer ‘dominados’ da sociedade colonial, a Cidade não aparecia como alternativa de Liberdade – como o burgo o foi para o servo da gleba. A liberdade, pelo contrário, se conquistava nas imensidões do interior, longe da coerção social dos senhores da terra e de seus delegados nos centros políticos de então. Longe, portanto, da sociedade.” (Oliveiros Ferreira, citado: 37).
Tal condição de dependência dos senhores que governam, ou dos senhores que eram proprietários acentua-se a partir do século XVIII. A incipiente expressão populacional que o Brasil obtivera não significava, por então, independência. Se havia alguma área não submetida pela burocracia central, desde então é estabelecida indiscutível soberania sobre toda a administração, restando alguma acanhada autonomia às Câmaras, em cada cidade, exclusivamente controladas pelos senhores de terras. Este quadro não sofria qualquer oposição que marcasse presença e, muito menos, condição. Se houvesse quem, nesses lugares, pudesse contrapor-se aos potentados rurais, seriam os comerciantes que, por essa época, já armazenavam algumas condições materiais. E ocorreram alguns conflitos, mas tão só porque os senhores do comércio queriam ser admitidos nas Câmaras, espécie de pequenas cortes, e não como instrumento de conseguir poder como instrumento de buscar nova ordenação para a sociedade. Tudo o que desejavam era obter reconhecimento de “status” equivalente a dos senhores de terra, de quem vive como vivem os nobres, por sobre a sociedade, sacando vantagens dela.
“Longe de haver um choque entre comerciantes senhores de terra em torno da posse dos mesmos valores, cuja apropriação poderia servir a fins diferentes, dá-se uma acomodação tão logo o segmento comerciante adere aos “éthos” rural.” (Oliveiros Ferreira, citado: 38). Está claro que tais condições sociais de viver não permitiam qualquer construção de instrumentos organizativos que se desdobrassem em resultados democráticos. A nação, em seu todo, não tinha qualquer oportunidade de articular a si mesma. Sobre todo o território estava posta a soberania de Portugal, que cedia partes a prepostos seus. Ou seja, todo o espaço em que se poderiam construir os lugares públicos, organizar-se politicamente a nação, era privado, no sentido de pertencer a proprietários que estavam cientes e ciosos de seus interesses, e esses interesses recomendavam a manutenção, no erigir do estado brasileiro, das formas de exclusão. Assim o processo caminharia.
É importante atentar-se para estas formas que moldaram a construção da sociedade brasileira, porque nestes procedimentos percebe-se que se estabelece não só o centralismo administrativo do que fosse público, mas, também, uma sociedade civil na qual pouquíssimos proprietários detinham o poder que restasse da gula portuguesa e, com ele, não permitiam que se criassem quaisquer condições de independência política de quem quer que por aqui habitasse. A subjugação era exercida não só sobre o conjunto da sociedade, mas alcançava cada pessoa, individualmente. Era um lugar, o Brasil, em que absolutamente nada era possível sem as devidas licenças, aí incluído o que fazer da própria vida, e isto fincou e criou condições de reprodução de formas de dependência com consequências extremamente marcantes e duradouras.
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Quadrilheiros na República cleptocrata

De seis partidos (por ora: PP, PMDB, PT, PTB, PSDB e Solidariedade) saíram os primeiros 48 políticos (ativos) que serão investigados na Operação Lava Jato. Outros políticos aparecerão, com certeza, nas novas delações premiadas em curso. A roubalheira cleptocrata tem capilaridade. Os que comprovadamente receberam propinas do esquema da Petrobras serão declarados judicialmente “quadrilheiros da República” (expressão do ministro Celso de Mello usada no julgamento do mensalão). Os partidos políticos mergulhados na corrupção e geradores de quadrilheiros estão podres. Moralmente, estão em fase bastante avançada de putrefação. Tornaram-se arcaicos e decrépitos. A rigor, nem mais partidos são, pois já se transformaram em facções criminosas. Estão completamente corrompidos (sobretudo pelo poder econômico e financeiro). Não vale mais a pena lutar por eles. No dia 15/3 vou às ruas para praguejar contra os políticos profissionais assim como contra os partidos corruptos. Vamos gastar nossa energia com algo diferente. Não podemos desistir do Brasil, mas dos partidos e políticos corruptos sim: adeus!
A Espanha está indo para esse novo caminho, com dois partidos distintos: PodemosCidadãos. Os velhos partidos corruptos estão sendo abandonados. Necessitamos de lideranças políticas novas, sem os vícios da ladroagem e do parasitismo que caracteriza a cleptocracia. Quando um ciclo político se encerra, outro tem que nascer. Assim é a democracia (ainda que seja meramente eleitoral). As pessoas estão enraivecidas e fartas. Os protestos pipocam por todas as partes. Necessitamos de novos horizontes. Algo em que possamos acreditar. Colocando fim na mediocridade e na cleptocracia. As visões ultrapassadas se exauriram. Chega de privilégios e de roubalheiras. O ciclo da República nova (30 anos depois da redemocratização de 1985) se acabou. Morreu porque levou às últimas consequências a patologia da ladroeira, da roubalheira, do patrimonialismo, do clientelismo, do financiamento empresarial “criminoso” das campanhas eleitorais (só tem legalidade na aparência). A eliminação do jogo eleitoral deve ser o destino de todos os políticos e partidos cleptocratas; para a sepultura devemos mandar o estilo mafializado de governança implantado no Brasil por aventureiros inescrupulosos formado pelo quarteto maligno do funcionalismo de alto escalão (núcleo administrativo) + políticos (núcleo político) + economia de mercado (núcleo econômico-empresarial) + o mundo das finanças (núcleo financeiro).
Com um pouco mais de consciência cidadã e o auxílio das redes sociais podemos varrer do País esse velho e falido modelo de fazer política, que não está ouvindo o clamor da população desesperada, diariamente humilhada pelo deboche do “bolsa-esposa”, do novo prédio parlamentar de um R$ 1 bilhão que se quer construir, do juiz dirigindo um Porsche apreendido, da apologia da violência feita por Lula etc. É chegada a hora de a população abrir os olhos definitivamente e abandonar os sectarismos e bipartidarismos. Nenhum desses partidos celeiros de quadrilheiros da República cleptocrata vale o nosso voto ou nosso respeito. O futuro do Brasil tem que ser radicalmente diferente do que os barões ladrões da cleptocracia apregoam. Não existe economia próspera sem conhecimento e tecnologia. Os poderosos ladrões cleptocratas (das três esferas: federal, estadual e municipal) jogam tudo no atraso e no analfabetismo (porque eles mesmos são muito ignorantes). O ignorantismo faz parte da estratégia de conquista ou manutenção do poder, sobretudo por meio do clientelismo.
A primeira infraestrutura do Brasil tem que ser a ciência, o domínio da tecnologia e a educação de qualidade para todos, em período integral (veja Cristovam Buarque, O Globo). Não tem futuro o país que se mantém isolado e sem competitividade. É preciso romper com os tradicionais vícios das lideranças cleptocratas (que somente veem seus interesses). Precisamos esquecê-las e abandoná-las nas mãos da Justiça criminal, que deve se encarregar delas (punindo todos, consoante o Estado de Direito, com o máximo de ressarcimento possível do dinheiro roubado do patrimônio público). Por força da governança acentuadamente cleptocrata, a pobreza (18% da população) e a miséria persistem (5,9% dos pobres) assim como o analfabetismo absoluto (13 milhões de pessoas), milhões de crianças sem futuro (a não ser o “bico” do crime organizado), jovens sem emprego, natureza destruída, falta de água e de energia, corrupção endêmica, violência epidêmica, desigualdade sistêmica, insegurança jurídica, inexistência de uma verdadeira economia de mercado com concorrência em pé de igualdade etc.
É típico das governanças cleptocratas a venda de ilusões (com o dinheiro dado pelos financiadores e usufruários da cleptocracia). Temos que lutar por mudanças radicais, pela via democrática e sem violência. Novas experiências para elevar nosso padrão moral devem ser testadas. Por frustrantes que sejam, provavelmente serão muito melhores que a esclerosada e majestática cleptocracia instalada no poder.
A riqueza sem meios de produção (Leo Rosa de Andrade)
É inquestionável a presença difusa de formas corruptas na essência da articulação da sociedade brasileira [cleptocrata]. Trata-se de uma concorrida e muito bem administrada fonte de poder e modo de geração de fortunas ilícitas, seja para os que não detêm os meios de produção [no caso da Petrobras, por exemplo, altos funcionários desta empresa, partidos, políticos e intermediários financistas], seja em favor de grupos econômicos e financeiros [que fazem da corrupção uma plusvalia, uma fonte extra de riqueza]. É forma tão ampliada que se pode dizer que tem, no país, uma dimensão que concorre com a maneira clássica de enriquecimento dentro do sistema de livre mercado, o que se constitui em uma das gritantes manifestações de suas muitas contradições.
O enriquecimento, é sabido, é o objeto da ação capitalista, sistema econômico que permite acumular riquezas com fundamento na propriedade privada dos meios de produção. Em outras palavras, a forma clássica de acumulação de capital sustenta-se na propriedade dos meios de produção (máquinas, equipamentos, construções etc.), domínio este que garante ao proprietário a apropriação de parte do resultado do trabalho operário, possibilitando o seu enriquecimento. No Brasil, contudo, pretensamente fundado no investimento do capital privado, tal lógica não é exclusiva. Há, também, em funcionamento paralelo, outro modo de procedimento estabelecido, que dispensa deter meios de produção [ou que busca plusvalias com os meios de produção existentes para acumular riqueza ilícita]. Nele, fundamental é garantir a transferência indevida de recursos arrecadados pelo Estado para mãos privadas [o para estruturas de poder, para assegurar a sua continuidade], o que é obtido com a colocação de prepostos nos canais por onde correm as verbas [ou por meio daconstituição de uma organização criminosa plurilateral, composta de vários núcleos: administrativo, político, econômico e financeiro].
Esses “sujeitos de confiança” [altos funcionários estatais, políticos], nos últimos tempos, operam articulados com “empresas” especializadas em tráfico de influência [intermediários financistas], com estabelecimento de compromissos fiduciários que garantam o repasse dos “recursos” a quem os contratou e, a todos os envolvidos no “serviço”, os percentuais que valham, o que é avaliado com a unidade de alguma moeda, estrangeira de preferência, levado em consideração o sucesso com o qual a operação foi ultimada, o que se expressa no montante efetivamente transferido.
“O pagamento pela intermediação, geralmente estabelecido em forma de comissão sobre o valor repassado, só é feito, neste caso, se houver sucesso na liberação da verba. Trata-se de um ‘contrato de resultados’.”³ “As comissões são distribuídas pelas diferentes pessoas que participam da intermediação do acordo, especialmente, com as funções desempenhadas por cada uma delas no processo de intermediação”4. Essas “relações negociais” têm preços, parâmetros, procedimentos e “ética” próprios [tornaram-se famosas as tabelas no escândalo da Petrobras, seja as relacionadas com a “cartelização” das empresas, seja a dos pagamentos de propina].
“O valor da comissão é geralmente definido no momento do acerto de intermediação e parece estar de acordo com um valor estipulado pelo ‘mercado da intermediação’. (…) Conhecer o momento adequado para solicitar e pagar a comissão faz parte do domínio dos princípios práticos que organizam a intermediação. Não é somente pelo risco de perda de dinheiro que o negocio da intermediação é inviabilizado quando o intermediário exige uma parcela da comissão – em forma de adiantamento – para que ela tenha inicio. Esta exigência é uma espécie de demonstração de que se desconhece como proceder ao participar de um ‘esquema de intermediação’. Tais exigências podem também ser interpretadas ou introduzirem um grau de desconfiança num negócio que se funda especialmente na confiança.”5
Esta “iniciativa privada alternativa” que se lança sobre o dinheiro público e dele se apropria, manobrando uma muito expandida e bem engrenada “máquina” de corrupção, movida a propina e alicerçada em comprometimentos pessoais com quem tem “ligações”, podendo ser “influente” e obter “facilidades”, sempre foi operada por verdadeiras “quadrilhas” [cleptocratas] que têm habitado as cercanias do poder e se foi capilarizando até vir a constituir-se em um mecanismo avassalador, com jeitos cada vez mais indiscretos e documentados, deixando vestígio de suas operações [como têm revelado as delações premiadas].
Por meio dos passos da história brasileira, muitos têm sido seus cúmplices, da mesma forma tantos têm sido suas vitimas. De algum modo são cúmplices os que alimentam estes procedimentos, mesmo que se achem “presas da realidade”, que façam isto apenas para “conseguir coisas”. São vítimas reais os que negam a ceder e sofrem as consequências. São vítimas os cidadãos não conformados a só “ajeitar-se” em um país construído sem historia de cidadania, cientes de que transformá-lo pressupõe uma decisão política que gera obrigação de resistência.

Corrupção e o sistema eleitoral clientelista

A história do Brasil é uma narrativa de mandonismo e de obediência. Desde a Colônia (1500-1822), nós somos o desdobramento da vontade dos donos do poder territorial (político), econômico e jurídico. Os senhores de terra, e posteriormente os detentores de outros recursos (industriais, financeiros, midiáticos etc.), estabeleceram uma hierarquia e do topo dela têm escrito e controlado a nossa história política e social. Os mandões (da colônia, do Império, da República, das ditaduras e das democracias meramente formais) criaram uma estrutura de dominação clientelista (mantendo-se o cliente na ignorância e sob cabresto), que chegou ao auge nos tempos do coronelismo. Essa prática de relação política consolidou-se durante a Primeira República, também chamada de Velha República (1889-1930), medrando do meio rural e pequenas cidades até a capital do País. O termo “coronelismo” tem origem nos coronéis da Guarda Nacional (criada em 1831), mas coronel foi generalizado pelo povo como título de chefe político.
Essa corporação foi implantada em todos os municípios brasileiros; não obstante ter sido militar, era uma expressão do poder civil. A autoridade sobre o regimento local, exercida sob a patente de coronel, era entregue a um chefe político. Esses chefes, que já eram donos de fato do lugar, ao receberem um poder militar legalmente reconhecido, mais legitimavam o poder de mando, consolidando o prestígio pessoal. A Guarda Nacional foi extinta em 1889, antes, portanto, da República Velha, mas o poder angariado pelos coronéis não morreu. Era dessa gente o poder político, econômico e jurídico. Esse sistema ficou arraigado nos nossos costumes. A hierarquia de cabo eleitoral, de chefe de distrito, de coronel, se não sobrevive com a mesma pujança, perdura como um fundo que infesta o sistema eleitoral até nossos dias. A democracia nascida depois do regime militar (em 1985) é não só de viés basicamente eleitoral (não cidadã), como também “coronelista” (porque o coronelismo continua impregnado na “alma” do brasileiro).
Ainda hoje, a substituição de partido político no comando do governo em qualquer nível não leva à troca do método de governança. Antigamente, é verdade, havia mais coerência no sistema: os que perdiam as eleições compreendiam perfeitamente que “agora é a vez deles”. Então, resignadamente, os derrotados se punham a militar pelo retorno ao poder e ao cofre público. Nos tempos dos coronéis, os mandões, se vencedores, sustentavam os seus com os meios do erário; fora do poder, mantinham a “sua gente” com os próprios bolsos. A questão de honra pública nacional nunca foi o pertencimento cívico a uma ideologia partidária, mas o alinhamento a um potentado local. Ser marcado e reconhecido como alinhado a um coronel nos bons e maus tempos era um sinal de dignidade.
Atualmente, alguns dos que estão fora do poder protestam, mas não no relevante. Note-se, por exemplo, que na CPMI que investigou a roubalheira na Petrobrás alcançou-se o acordo (em novembro/14, entre o PT e o PSDB) de não quebrar o sigilo das empresas envolvidas (que são as financiadoras das campanhas de ambas as siglas). Caso isso fosse feito é de se supor que seria encontrado nos dutos da propina o nome de parlamentares das mais variadas greis partidárias, de situação e de oposição. É isso que somos: um país movido a interesses intermediados por políticos. Já não temos os coronéis (ou eles estão se escasseando), mas preservamos muito da mentalidade clientelista (com tonalidade “servilista”, sem priorizar a distribuição de renda ou educação como fonte de progresso, mesmo que sobre a importância desses temas haja unanimidade nacional). Nossas eleições não são episódios que atraiam por embates de pensamentos, mas por interesses. Um governante não é eleito como um pensador ou um gerente do Brasil, mas como um intermediário de negócios, um despachante de interesses, em geral não confessáveis. Quanto mais satisfaz esses interesses clientelistas, maior a chance de ser eleito (ou de governar sem grandes traumas). Nas eleições de 2014, vencidas novamente pelo PT, muitos eleitores votaram em Dilma por convicção, outros porque suas condições de vida melhoraram (no período de 2003 a 2010), mas ainda preponderou o resgate de práticas de clientelismo “em favor” dos mais carentes. Vejamos a constatação (e o gráfico) do Datafolha:
Corrupo e o sistema eleitoral clientelista
Sem ilusão, de acordo com nossa tradição histórica patrimonialista, político que não gasta (ainda que seja dinheiro do Estado) não se elege e, salvo exceção, político que não rouba (ou que não se envolve com a corrupção) não tem para gastar. E o povo, regra geral, não quer saber de ideia, quer saber da parte dele: isso é o que explicaria os votos majoritários em Dilma dados pelos pobres e excluídos, pela classe média baixa e classe média intermediária (muitos votaram pensando na preservação das benesses, ainda que socialmente distributivas, que lhe são proporcionadas pelo governo, mas vendidas como bondade do governante: bolsa família, bolsas universitárias, auxílio saúde etc.); já a maioria da classe média alta e do topo (classe alta) votou em Aécio, porque muitos querem a manutenção dos seus privilégios de classe, que correm riscos quando há distribuição de “benesses” para o “povão” (programas sociais).
Mário Magalhães (Folha) escreveu: “Não é verdade que todos os ricos votam em Aécio e todos os pobres votam em Dilma; de cada três entrevistados de classe “alta'', no topo da escala, dois votam no tucano (um vota na Dilma); de cada três “excluídos'', no pé, dois preferem a petista (um vota em Aécio). Como os excluídos e os menos favorecidos nas escalas sociais (alvos preferenciais do clientelismo que não prioriza a educação como alavanca de crescimento) são numericamente majoritários, aí estaria a explicação da vitória de Dilma.
O povo é tocado a marketing, promessas, favores e valores, sejam os valores privados, tirados do bolso do político que roubou ou vai roubar, sejam os valores públicos, levados pelas bolsas clientelistas que o PSDB inventou e que o PT fatura. E a tudo se justifica, na lógica de nossos deploráveis hábitos. Não há petista que reconheça que seu partido roubou (sim, não é só o PT: isso é verdade) da Petrobrás, apesar das evidências e mesmo das confissões; todo petista alega julgamento político do Mensalão, apesar de os ministros do STF terem sido (majoritariamente) nomeados por Lula e Dilma. Não há petista que reconheça que essas verbas bilionárias moveram a eleição e reeleição de Dilma.
Ao tempo da Ditadura, o Nordeste ganhava favores e votava na Arena; os nordestinos eram execrados como alienados pela “esquerda”. Hoje o Nordeste (assim como os carentes espalhados por todo o País) majoritariamente “retribui” em votos o “reconhecimento” pelos benefícios públicos que lhe são dirigidos. É o mesmo clientelismo, mas a esquerda, hoje, nomeia esse hábito de consciência eleitoral. Somos isso e nos justificamos. Não vai ser fácil superar a nossa própria História. Mas sem superá-la não seremos nunca uma nação civilizada de primeiro mundo.

CPI da Petrobras: será uma nova “melação premiada”?

CPI da Petrobras ser uma nova melao premiada
A nova CPI da Petrobras, instalada na Câmara dos Deputados em 26/2/15, pode até surpreender e fazer um bom trabalho investigativo (do humano tudo podemos esperar), mas tem tudo para rebaixar ainda mais os já aviltados padrões da política “bananeira”, porque já nasce corrompida. Ela poderia iniciar o processo de libertação do Brasil submetido ao jugo de uma repugnante cleptocracia (Estado “governado” por ladrões poderosos do mundo político, empresarial e financeiro), mas é mais provável que venha comprovar a sua inexpugnável força. H. M. (PMDB), seu presidente, teve 60% de sua última campanha pagas com recursos das empresas que ele deve investigar. L. S. (PT), relator dos trabalhos, recebeu dessas mesmas empresas 40% de seus gastos eleitorais em 2014. Vários outros membros da CPI também foram beneficiados com dinheiro da mesma origem criminosa (com aparência de legalidade, consoante o maleável e conivente sistema eleitoral pátrio). O mais triste é saber que nenhum deles foi escolhido por acaso. Porque o acaso não existe no gerenciamento das organizações criminosas, como a destapada pela Operação Lava Jato.
As CPIs têm sido um desastre quando escaladas para apurar crimes da cleptocracia brasileira (caso da empreiteira Delta, por exemplo). Não se pode nunca esperar boa coisa da farinha do mesmo saco. É decepcionante constatar que qualquer resultado positivo delas (muito raro nos últimos tempos) não representa independência e honestidade parlamentares, raios éticos em busca de um Brasil decente, senão a quebra da omertà (lei do silêncio, que rege a postura dos membros das grandes máfias). A cleptocracia brasileira é composta de uma grande rede de criminosos mafializados que se protegem com a mesma intensidade da volúpia com que perseguem lucros privados nas pilhagens do patrimônio público. As delações premiadas recentes constituem rachaduras nas estruturas dessa rede de proteção e de parasitismo.
Se a nova CPI não aprovar, logo nas primeiras sessões, a quebra dos sigilos de todos os agentes partidários e empreiteiras envolvidos no escândalo da Petrobras (Operação Lava Jato), ficará muito evidente (desde logo) que mais uma foi instalada para um jogo de cartas marcadas, voltado para proteger os corruptos e não os eleitores, a cleptocracia, não a democracia cidadã. O que se espera é que a nova CPI não faça como a anterior, que no dia 5/11/14 protagonizou uma das maiores evidências da roubalheira nacional: PT e PSDB fizeram um “acordão” para não quebrarem o sigilo das empreiteiras que financiaram bem como dos apadrinhados que gestionaram os dinheiros das campanhas.
No mesmo dia em que Aécio Neves (PSDB) discursava no Senado em nome de uma nova oposição “incansável, inquebrantável e intransigente”, o PSDB firmava acordo com o “inimigo” PT para a proteção dos seus apaniguados e “patrões”, confirmando a tradição de que basta um político falar em “moralizar” o país, e o tropeço vem logo em seguida. O PSDB “queimou a largada”, disse a jornalista Dora Kramer, que completou: “foi feita uma “melação premiada”, para evitar que a verdade da corrupção na Petrobras fosse descoberta; a oposição discursa cobrando investigação, mas quando há o risco de que os seus [seus companheiros ou seus financiadores] sejam envolvidos, dá o dito por não dito e embarca na operação abafa”. O verdadeiro inimigo do povo, como se vê, é o sistema pouco visível espoliador e criminoso e integrado por praticamente todos os partidos políticos, grandes empreiteiras e potentes agentes financeiros.
A mesma jornalista (Dora Kramer) recordou que “O PSDB já havia padecido desse mal quando, em 2005, por ocasião da CPI dos Correios, não teve uma posição contundente quando se descobriu que o então presidente do partido, Eduardo Azeredo, usara o esquema de Marcos Valério [mensalão mineiro do PSDB] na tentativa de se reeleger em 1998. Os tucanos arrefeceram os ânimos e pagam o preço até hoje”. E o que dizer da CPI do Carlinhos Cachoeira? Que foi aquilo? Começaram a investigar de verdade e, de repente, meio mundo empresarial, financeiro e político estava envolvido. Outro “acordão” entre PT, PSDB e PMDB arquivou a CPI rapidinho, num documento final de 2 páginas (os norte-americanos dizem que há bancos que são muito grandes para quebrar; no Brasil diríamos: há escândalos que são muito grandes para serem revelados e investigados). Em 2010, a propósito, Sérgio Guerra teria recebido R$ 10 milhões para “arquivar” outra CPI da Petrobras.
O Brasil é um país favorecido pela natureza como nenhum outro, mas vive flertando com o abismo e o suicídio (Mino Carta) em razão da natureza cleptocrata das lideranças nacionais favorecidas, que chegaram aonde chegaram em virtude da “servidão voluntária” da outra parte da nação. Até quando durará essa servidão voluntária, tão bem descrita por Boétie (Discurso da servidão voluntária: 38)?
“Pessoas miseráveis, povos insensatos, nações obstinadas no próprio mal e cegas quando se trata da própria felicidade! Deixais que se apossem diante de vossos olhos da parte melhor e mais segura de vossas rendas, pilhem vossos campos, roubem e despojem vossas casas dos objetos de vossos antepassados! Viveis de tal maneira que não podeis gabar-vos de que algo vos pertence. Parece que olhais agora como sorte grande que vos deixaram apenas metade de vossos bens, de vossa família e até de vossa vida. E todo esse prejuízo, toda essa desgraça, toda essa ruína não vêm dos inimigos, mas certamente de um inimigo [o sistema explorador], daquele mesmo que fizestes tão grande como ele é, daquele por quem fostes tão corajosamente à guerra, e para a grandeza do qual não vos recusastes a oferecer-vos a vós mesmos à morte” (Boétie).

A verdade sobre o PT, o PSDB e o PMDB depois de 30 anos

Por: Leo Rosa de Andrade e Luiz Flávio Gomes
Certos segmentos da esquerda que atuaram durante a Ditadura Militar pretendiam-se os faróis do futuro. Eles fariam a revolução e conduziriam o povo à libertação do capitalismo. Sob o império dessas crenças salvacionistas, messiânicas, nasceu a redemocratização (1985) assim como a Constituição (1988), com o PT mais à esquerda e o MDB numa posição mais de centro. Este acabou bipartindo-se em PMDB (que ostenta conhecidos representantes da cleptocracia: Estado cogovernado por ladrões) e PSDB (com posicionamento ideológico mais de centro e discurso ético, refutando as práticas corruptas deploráveis de Orestes Quércia e tantos outros políticos do PMDB). Trinta anos depois da redemocratização, sabe-se que o PT “petrolou” e “mensalou” e que grande parcela do PSDB “metrolou” e também “mensalou”. O PMDB (assim como outros partidos menores, com raríssimas exceções), como sempre, cogovernando fisiologicamente o País (presidencialismo de coalizão), “cleptou”.
Centrando atenção no PT (que é o governante de plantão), infográfico elaborado pelo jornal Estadão (visitado em 14/2/15) mostra como ele e políticos ligados à legenda aparecem na Operação Lava Jato, que investiga o esquema de corrupção e desvios na Petrobras. Vejamos:
Petrolar ou metrolar quem
Fonte: Estadão
Para opor combate aos opressores, os próceres do PT entenderam necessária uma disciplina determinada por sua hierarquia partidária. Três coisas fundavam a subordinação: a hierarquia que os vinculava era compreendida como centralismo democrático; a análise que faziam da História dava-lhes certeza de sucesso, pois seu método seria científico; cada militante se tinha como apóstolo de uma causa messiânica, salvadora dos povos oprimidos.
Suas ações eram fundadas em uma movediça justificativa. O que quer que fizessem era explicado por uma expressão à época fartamente usada: dialética da História. Ou seja: de uma aliança partidária qualquer a um assalto a banco, do apoio a um candidato corrupto a um sequestro, tudo era feito em nome dos meios para um fim.
O Golpe Militar de 1964 foi o fundo (o leitmotiv) de tudo isso. Os militares usurparam o poder, sequestraram, torturaram, mataram e fizeram desaparecer pessoas. Oportunistas, ingênuos e corajosos de esquerda viram nisso o “momento histórico” para a sua própria revolução. Começaram, então, a fazer as próprias tolices. Sem procuração de ninguém, foram messianicamente à salvação da pátria.
Bobagens à parte, esses grupos se organizaram, militaram e chegaram ao poder. Aí estão e aí estão (do ponto de vista formal) legitimamente (ou seja, de acordo com as regras eleitorais da redemocratização, que espelham o deplorávelsistema eleitoral brasileiro, “financiado” pelas grandes fortunas). Aí estão pelo voto e seus votos foram obtidos conforme a nossa pouco exemplar tradição (desde que se constituiu o primeiro partido político no Brasil): usaram muito dinheiro, foram financiados por empresas e empresários que sempre cobram o retorno do “investimento”, deram dentaduras (há caso documentado), fizeram tudo o que sempre se fez no País.
Então, todos os partidos são iguais? Não, não são. Há uma diferença. Não qualificamos a diferença de melhor ou pior. Mas o método da turma no poder é outro. Que as práticas políticas brasileiras sempre foram atravessadas por dinheiro, todo mundo sabe, mas era investimento privado. O que a esquerda no poder faz é corromper com dinheiro público. Isto é: o Estado foi “aparelhado”. Aparelhar o Estado é usá-lo para fins privados, para vantagens pessoais. “Aparelho” também era o nome dado aos grupos organizados de militância esquerdista. Aparelhar o Estado, na especialidade dos poderosos do momento, significa colocar um “companheiro” em cargos públicos importantes. Esse “companheiro” tem uma tarefa: ser “dialético”, ou seja, deve se virar e arranjar verba para a máquina partidária (porque a manutenção do poder exige muito dinheiro).
Podemos chamar isso de corrupção, que constitui o eixo da grande cleptocracia (Estado cogovernado por ladrões). Mas corrupção, dirá um esquerdista tipo “dialético”, é um ato burguês; corrupção, dirá um “companheiro”, é expropriação do Estado para fins privados. Roubar do Estado para fins de manter o poder e, no poder, salvar o povo, é pura “dialética”. É dizer, são meios ilícitos para fins justificados (consoante pregação quinhentista de Maquiavel).
Impõe-se abaixar a maldita Ditadura, sempre. Agora, ca pra nós, esse governo, “dialeticamente”, está nos roubando. Roubalheira política sempre houve. Roubalheira estruturalmente “dialética” é a primeira. A esquerda no poder nos aparelhou. Que pena! As novas lideranças nacionais, do seu jeito, fazem a mesma coisa ou até pior que as nefastas lideranças antigas. Juntas, transformaram o Brasil num grande antro de extração de dinheiro (como fazem os traficantes nos seus âmbitos territoriais). Todos nós, conservadores ou progressistas, continuamos vítimas das oligarquias criminais. Essas oligarquias, com jeitos novos ou nem tanto, estão nos chupando o sangue parasitariamente, crescentemente, diariamente.
Saiba mais
A Polícia Federal, contudo, não considera tal distinção (entre corrupção e dialética). A Polícia investiga e indicia: “Lista revela obras na mira do esquema. A maior preocupação dos policiais federais que atuam na Operação Lava-Jato já não se resume ao suborno pago a diretores da Petrobras para irrigar contas de partidos da base governamental; o alvo, agora, é uma planilha apreendida no escritório do doleiro Alberto Youssef – o maior operador de propinas oriundas da estatal de petróleo. O documento elenca 747 projetos que figuram entre as maiores obras em andamento no país. Vão de hidrelétricas a hidrovias e irrigação contra a seca, além de extração petrolífera”.
A planilha menciona mais de cem empreiteiras. Dos empreendimentos, “41% nada têm a ver com petróleo; as 34 páginas do documento mostram o cliente, o nome de um contato na firma, telefones, o cliente final, no que consiste o empreendimento, a data da proposta e um valor” (DC, 15dez14, editado). E isso tudo não é a coisa toda: “Gasto de estatais com publicidade sobe 65%. Empresas controladas pelo governo federal gastaram com propaganda R$ 16 bilhões no período entre 2000 e 2013. Petrobras, Caixa e Banco do Brasil gastaram 86% desse valor” (FSP, 17dez14). E ainda faltam, nesse rol de “aparelhamento”, as milhares ONGs. Nossas ONGs, salvo exceção, são financiadas por estatais. Em geral, são “aparelhinhos” que empregam “companheiros” militantes Brasil afora.
Estamos submetidos a uma troyka maligna composta de políticos e outros altos agentes públicos + agentes econômicos + agentes financeiros (bancos da “lavanderia”), que são ladrões da alta sociedade que dominam o poder e o mantêm, porque quando não estamos distraídos e exaustos pelo trabalho ou mesmo pelo entretenimento, preferimos não abordar seriamente temas cruciais como o descontrole da inflação e das contas públicas, os aumentos de impostos e da gasolina, a falta de água e de luz, a insegurança pública, a violência, o financiamento das campanhas eleitorais caríssimas, a reeleição dos corruptos, a educação de péssima qualidade, os serviços públicos de quinta categoria etc.
Adicionalmente, a triste verdade é que a maioria da população sabe que a criminalidade organizada de alto coturno (granfina) está nos roubando da forma mais suja e vergonhosa que se pode imaginar, surrupiando parcelas percentuais a cada dia, porém todos os dias, por meio de milhares de transações fundadas em letras pequenas, mas ignora, ao mesmo tempo, que toda essa roubalheira estrutural não passa de sinais de um gigantesco sistema, ou seja, de um imenso mecanismo social de dominação (e de exercício de poder – ver Taibbi, Cleptopía: 60-61), que a quase totalidade dos brasileiros não sabe nem sequer que existe. Essa é a triste verdade! É uma verdade triste conviver com isso.

Luiz Flávio Gomes

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Luiz Flávio
Nome completoLuiz Flávio Gomes
Nascimento6 de maio de 1958 (56 anos)
Sud Menucci, São Paulo
NacionalidadeBrasil Brasileiro
OcupaçãoJurista
Luiz Flávio Gomes (Sud Menucci, 6 de maio de 1958) é um jurista brasileiro, fundador da primeira rede de ensino telepresencial da América Latina. É presidente do Instituto Avante Brasil e co-editor do Portal Atualidades do Direito ao lado de Alice Bianchini. Apresentador da TVAD.

Ensino telepresencial

Fundou a rede de ensino LFG, a primeira rede de ensino telepresencial do Brasil e de toda a América Latina. Através de sua rede foram ministrados cursos preparatórios telepresenciais para concursos públicos, destacadamente nas carreiras jurídicas e fiscais. Os cursos são transmitidos para mais de 220 cidades brasileiras, distribuídos em mais de 420 unidades pelo Brasil. Em 2008, conclui uma negociação em que vendeu a LFG para a Anhanguera, transformando esta na maior rede de ensino do Brasil.

Carreira acadêmica

Doutor em Direito Penal pela Faculdade de Direito da Universidade Complutense de Madri (2001), Mestre em Direito Penal pela Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo (1989). Professor de Direito Penal e Processo Penal em vários cursos de pós-graduação, dentre eles a Facultad de Derecho de la Universidad Austral (Buenos Aires,Argentina) e UNISUL, de Santa Catarina. É professor honorário da Faculdade de Direito da Universidad Católica de Santa María, em Arequipa, no Peru.

Carreira jurídica

Luiz Flávio Gomes foi promotor de justiça em São Paulo de 1980 a 1983, juiz de direito de 1983 a 1998 e advogado de 1999 a 2001. Individual expert observer do X Congresso da ONU, realizado em Viena de 10 a 17 de abril de 2000. Membro e consultor da delegação brasileira no décimo período de sessões da Comissão de Prevenção do Crime e Justiça Penal da ONU, realizado em Viena de 8 a 12 de maio de 2001. É secretário geral do Instituto Panamericano de Política Criminal (IPAN). É consultor jurídico e parecerista. Vários órgãos de imprensa ao mencionar alguns temas polêmicos na área criminal, constantemente fazem referências ao seu posicionamento jurídico do tema em questão.

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Entrevista com Luiz Flávio Gomes 

http://cpdoc.fgv.br/campojuridico/luiz-flavio-gomes

Luiz Flávio Gomes nasceu em Sud Menucci, no interior do estado de São Paulo, em 06 de maio de 1958, cidade da qual seu pai foi prefeito entre 1973 e 1977. Durante a infância trabalhou como cartorário em sua cidade natal, iniciando oficialmente a vida profissional aos nove anos. Em 1975 iniciou o curso de Direito na Universidade de Rio Preto (Unirp) tendo concluído a graduação no Instituto Toledo de Araçatuba, em 1978. Durante a faculdade, trabalhou como agente de polícia concursado e como estagiário em escritório de advocacia. Foi promotor de justiça, entre 1980 e 1983, e juiz de direito, entre 1983 e 1999. Iniciou carreira docente, em 1982, nas Faculdades Metropolitanas Unidas (FMU) e na Faculdade de Direito de Sorocaba. A partir de 1986 tornou-se professor do Complexo Damásio de Jesus, dedicando-se à docência em curso preparatório para concurso público. Em 1989 defendeu sua dissertação de mestrado na Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo, sob orientação do Prof. Dr. Manuel Pedro Pimentel, a qual resultou na obra Erro de tipo e erro de proibição, publicada pela editora Revista dos Tribunais. No ano de 2001 doutorou-se pela Universidad Complutense de Madrid, sob orientação do Prof. Dr. Garcia-Pablos de Molina. Após sua aposentadoria tornou-se um empreendedor do ensino, tendo sido, em 2000, fundador da Rede Luiz Flávio Gomes (LFG), voltada para a preparação para concursos públicos na área jurídica. Foi precursor dos cursos preparatórios telepresenciais via satélite no país, sendo um defensor do sistema telepresencial como forma de democratização do ensino e de melhoria dos cursos jurídicos no Brasil. Participou da Comissão Legislativa da Lei dos Juizados Especiais (9099/95), da Comissão de Reforma do Código de Processo Penal, em 2000, sendo, desde 2011, membro da Comissão do Novo Código Penal. Fundou, juntamente com Alberto Silva Franco, o Instituto Brasileiro de Ciências Criminais (IBCCrim), em 1992, tendo sido seu primeiro presidente. Publicou mais de trinta livros ao longo de sua carreira, voltados, principalmente, para temas de Direito Penal e Criminologia. Desde a venda da Rede LFG para o Grupo Anhanguera de ensino, consolidada em 2011, tem se dedicado à divulgação dos cursos da Rede, bem como à leitura e à redação de livros que pretende publicar.

Especial: É tudo um assunto só!

Outro dia discutindo sobre as manifestações do dia 15, sobre crise do governo e a corrupção da Petrobrás eu perguntei a ele se tinha acompanhado a CPI da Dívida Pública. Então ele me respondeu: Eu lá estou falando de CPI?! Não me lembro de ter falado de CPI nenhuma! Estou falando da roubalheira... A minha intenção era dizer que apesar de ter durado mais de 9 meses e de ter uma importância ímpar nas finanças do país, a nossa grande mídia pouco citou que houve a CPI e a maioria da população ficou sem saber dela e do assunto... Portanto não quis fugir do assunto... é o mesmo assunto: é a política, é a mídia, é a corrupção, são as eleições, é a Petrobras, a auditoria da dívida pública, democracia, a falta de educação, falta de politização, compra de votos, proprina, reforma política, redemocratização da mídia, a Vale, o caso Equador, os Bancos, o mercado de notícias, o mensalão, o petrolão, o HSBC, a carga de impostos, a sonegação de impostos,a reforma tributária, a reforma agrária, os Assassinos Econômicos, os Blog sujos, o PIG, as Privatizações, a privataria, a Lava-Jato, a Satiagraha, o Banestado,  o basômetro, o impostômetro, É tudo um assunto só!...



A dívida pública brasileira - Quem quer conversar sobre isso?

Escândalo da Petrobrás! Só tem ladrão! O valor de suas ações caíram 60%!! Onde está a verdade?

In Memorian: Adriano Benayon

A revolução será digitalizada (Sobre o Panamá Papers)

O tempo passa... O tempo voa... E a memória do brasileiro continua uma m#rd*

As empresas da Lava-jato = Os Verdadeiros proprietários do Brasil = Os Verdadeiros proprietários da mídia.

Desastre na Barragem Bento Rodrigues <=> Privatização da Vale do Rio Doce <=> Exploração do Nióbio

Sobre o mensalão: Eu tenho uma dúvida!

Trechos do Livro "Confissões de um Assassino Econômico" de John Perkins 

Spotniks, o caso Equador e a história de Rafael Correa.

O caso grego: O fogo grego moderno que pode nos dar esperanças contra a ilegítima, odiosa, ilegal, inconstitucional e insustentável classe financeira.


A PLS 204/2016, junto com a PEC 241-2016 vai nos transformar em Grécia e você aí preocupado com Cunha e Dilma?!

A PEC 241. Onde as máscaras caem.

Uma visão liberal sobre as grandes manifestações pelo país. (Os Oligopólios cartelizados)

Depoimento do Lula: "Nunca antes nesse país..." (O país da piada pronta)
(Relata "A Privataria Tucana", a Delação Premiada de Delcidio do Amaral e o depoimento coercitivo do Lula para a Polícia Federal)


Seminário Nacional - Não queremos nada radical: somente o que está na constituição.

Seminário de Pauta 2015 da CSB - É tudo um assunto só...

UniMérito - Assembleia Nacional Constituinte Popular e Ética - O Quarto Sistema do Mérito 

As histórias do ex-marido da Patrícia Pillar

As aventuras de uma premiada brasileira! (Episódio 2016: Contra o veto da Dilma!)

A mídia é o 4° ou o 1° poder da república? (Caso Panair, CPI Times-Life)

O Mercado de notícias - Filme/Projeto do gaúcho Jorge Furtado

Quem inventou o Brasil: Livro/Projeto de Franklin Martins (O ex-guerrilheiro ouve música)

Luiz Flávio Gomes e sua "Cleptocracia"

Comentários políticos com Bob Fernandes.

Ricardo Boechat - Talvez seja ele o 14 que eu estou procurando...

In Memorian: Lucas Gomes Arcanjo


PPPPPPPPP - Parceria Público/Privada entre Pilantras Poderosos para a Pilhagem do Patrimônio Público

Pedaladas Fiscais - O que são? Onde elas vivem? Vão provocar o impeachment da Dilma?

Como o PT blindou o PSDB e se tornou alvo da PF e do MPF - É tudo um assunto só!

InterVozes - Coletivo Brasil de Comunicação Social

Ajuste Fiscal - Trabalhadores são chamados a pagar a conta mais uma vez

Resposta ao "Em defesa do PT"

Melhores imagens do dia "Feliz sem Globo" (#felizsemglobo)


Desastre em Mariana/MG - Diferenças na narrativa.

Quanto Vale a vida?!

Eduardo Cunha - Como o Brasil chegou a esse ponto?




Sobre a Ditadura Militar e o Golpe de 64:

Dossiê Jango - Faz você lembrar de alguma coisa?

Comissão Nacional da Verdade - A história sendo escrita (pela primeira vez) por completo.

Luiz Carlos Prestes: Coluna, Olga, PCB, prisão, ALN, ilegalidade, guerra fria... Introdução ao Golpe de 64.

A WikiLeaks (no Brasil: A Publica) - Os EUA acompanhando a Ditadura Brasileira.


Sobre o caso HSBC (SwissLeaks):

Acompanhando o Caso HSBC I - Saiu a listagem mais esperadas: Os Políticos que estão nos arquivos.

Acompanhando o Caso HSBC II - Com a palavra os primeiros jornalistas que puseram as mãos na listagem.

Acompanhando o Caso HSBC III - Explicações da COAF, Receita federal e Banco Central.

Acompanhando o Caso HSBC IV - Em pleno domingo de páscoa, o ovo que todos queríamos ver... 

Acompanhando o Caso HSBC V - Defina: O que é um paraíso fiscal? Eles estão ligados a que países?

Acompanhando o Caso HSBC VI - Pausa para avisar aos bandidos: "Estamos atrás de vocês!"... 

Acompanhando o Caso HSBC VII - Crime de evasão de divisa será a saída para a Punição e a repatriação dos recursos

Acompanhando o Caso HSBC VIII - Explicações do presidente do banco HSBC no Brasil

Acompanhando o Caso HSBC IX  - A CPI sangra de morte e está agonizando...

Acompanhando o Caso HSBC X - Hervé Falciani desnuda "Modus-Operandis" da Lavagem de dinheiro da corrupção.

Acompanhando a Operação Zelotes!

Acompanhando a Operação Zelotes II - Globo (RBS) e Dantas empacam as investigações! Entrevista com o procurador Frederico Paiva.

Acompanhando a Operação Zelotes IV (CPI do CARF) - Apresentação da Polícia Federal, Explicação do Presidente do CARF e a denuncia do Ministério Público.

Acompanhando a Operação Zelotes V (CPI do CARF) - Vamos inverter a lógica das investigações?

Acompanhando a Operação Zelotes VI (CPI do CARF) - Silêncio, erro da polícia e acusado inocente depõe na 5ª reunião da CPI do CARF.

Acompanhando a Operação Zelotes VII (CPI do CARF) - Vamos começar a comparar as reportagens das revistas com as investigações...

Acompanhando a Operação Zelotes VIII (CPI do CARF) - Tem futebol no CARF também!...

Acompanhando a Operação Zelotes IX (CPI do CARF): R$1,4 Trilhões + R$0,6 Trilhões = R$2,0Trilhões. Sabe do que eu estou falando?

Acompanhando a Operação Zelotes X (CPI do CARF): No meio do silêncio, dois tucanos batem bico...

Acompanhando a Operação Zelotes XII (CPI do CARF): Nem tudo é igual quando se pensa em como tudo deveria ser...

Acompanhando a Operação Zelotes XIII (CPI do CARF): APS fica calado. Meigan Sack fala um pouquinho. O Estadão está um passo a frente da comissão? 

Acompanhando a Operação Zelotes XIV (CPI do CARF): Para de tumultuar, Estadão!

Acompanhando a Operação Zelotes XV (CPI do CARF): Juliano? Que Juliano que é esse? E esse Tio?

Acompanhando a Operação Zelotes XVI (CPI do CARF): Senhoras e senhores, Que comece o espetáculo!! ("Operação filhos de Odin")

Acompanhando a Operação Zelotes XVII (CPI do CARF): Trechos interessantes dos documentos sigilosos e vazados.

Acompanhando a Operação Zelotes XVIII (CPI do CARF): Esboço do relatório final - Ainda terão mais sugestões...

Acompanhando a Operação Zelotes XIX (CPI do CARF II): Melancólico fim da CPI do CARF. Início da CPI do CARF II

Acompanhando a Operação Zelotes XX (CPI do CARF II):Vamos poupar nossos empregos

KKK Lembra daquele desenho da motinha?! Kajuru, Kfouri, Kalil:
Eu te disse! Eu te disse! Mas eu te disse! Eu te disse! K K K

A prisão do Marin: FBI, DARF, GLOBO, CBF, PIG, MPF, PF... império Global da CBF... A sonegação do PIG... É Tudo um assunto só!!

Revolução no futebol brasileiro? O Fim da era Ricardo Teixeira. 

Onde está a falsidade?? O caso Vladimir Herzog === Romário X Marin === Verdade X Caixa Preta da Ditadura

Videos com e sobre José Maria Marin - Caso José Maria MarinX Romário X Juca Kfouri (conta anonima do Justic Just ) 

Caso Marin X Romário - Novo Vídeo - Continuação da história

O desabafo de Romário 

Do apagão do futebol ao apagão da política: o Sistema é o mesmo


Acompanhando a CPI do Futebol - Será lúdico... mas espero que seja sério...

Acompanhando a CPI do Futebol II - As investigações anteriores valerão!

Acompanhando a CPI do Futebol III - Está escancarado: É tudo um assunto só!

Acompanhando a CPI do Futebol IV - Proposta do nobre senador: Que tal ficarmos só no futebol e esquecermos esse negócio de lavagem de dinheiro?!

Acompanhando a CPI do Futebol VII - Uma questão de opinião: Ligas ou federações?!

Acompanhando a CPI do Futebol VIII - Eurico Miranda declara: "A modernização e a profissionalização é algo terrível"!

Acompanhando a CPI do Futebol IX - Os presidentes de federações fazem sua defesa em meio ao nascimento da Liga...

Acompanhando a CPI do Futebol X - A primeira Liga começa hoje... um natimorto...

Acompanhando a CPI do Futebol XI - Os Panamá Papers - Os dribles do Romário - CPI II na Câmara. Vai que dá Zebra...

Acompanhando a CPI do Futebol XII - Uma visão liberal sobre a CBF!

Acompanhando a CPI do Futebol XIII - O J. Awilla está doido! (Santa inocência!)



Acompanhando o Governo Michel Temer

Acompanhando o Governo Michel Temer I