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terça-feira, 17 de outubro de 2017

Carta na Integra de Michel temer - Depoimento de Funaro.

Leia a íntegra da carta de Michel Temer para os Deputados Federais:

Prezado Parlamentar.
A minha indignação é que me traz a você. São muitos os que me aconselham a nada dizer a respeito dos episódios que atingiram diretamente a minha honra. Mas para mim é inadmissível. Não posso silenciar. Não devo silenciar.
Tenho sido vítima desde maio de torpezas e vilezas que pouco a pouco, e agora até mais rapidamente, têm vindo à luz.
Jamais poderia acreditar que houvesse uma conspiração para me derrubar da Presidência da República. Mas os fatos me convenceram. E são incontestáveis.
Começo pelo áudio da conversa entre os dirigentes da JBS. Diálogo sujo, imoral, indecente, capaz de fazer envergonhar aqueles que o ouvem. Não só pelo vocabulário chulo, mas pelo conteúdo revelador de como se deu toda a trajetória que visava a impedir a prisão daqueles que hoje, em face desse áudio, presos se encontram.
Quem o ouviu verificou uma urdidura conspiratória dos que dele participavam demonstrando como se deu a participação do ex-procurador-geral da República, por meio de seu mais próximo colaborador, Dr. Marcello Miller.
Aquele se tornou advogado da JBS enquanto ainda estava na PGR. E, dela sendo exonerado, não cumpriu nenhuma quarentena prevista expressamente no artigo 128, parágrafo 6°, da Constituição Federal.
Também veio a conhecimento público a entrevista de outro procurador, Ângelo Goulart Vilela, que permaneceu preso durante 76 dias, sem que fosse ouvido. Nela, evidenciou que o único objetivo do ex-procurador-geral era "derrubar o presidente da República".
"Ele tinha pressa e precisava derrubar o presidente", disse o procurador. "O Rodrigo (Janot) tinha certeza que derrubaria", afirmou. A ação, segundo ele, teria dois efeitos: impedir que o presidente nomeasse o novo titular da Procuradoria-Geral da República, e ser, ou indicar, o novo candidato a presidente da República. Veja que trama.
Mas não é só. O advogado Willer Tomaz, que também ficou preso sem ser ouvido, registrou igualmente em entrevista os fatos desabonadores em relação à conduta do ex-procurador-geral.
Em entrevista à revista Época, o ex-deputado Eduardo Cunha disse que a sua delação não foi aceita porque o procurador-geral exigia que ele incriminasse o presidente da República. Esta negativa levou o procurador Janot a buscar alguém disposto a incriminar o Presidente. Que, segundo o ex-deputado, mentiu na sua delação para cumprir com as determinações da PGR. Ressaltando que ele, Funaro, sequer me conhecia.
Na entrevista, o ex-deputado nega o que o dirigente-grampeador, Joesley Batista, disse na primeira gravação: que comprara o seu silêncio.
No áudio vazado por "acidente" da conversa dos dirigentes da JBS, protagonizado por Joesley e Ricardo Saud, fica claro que o objetivo era derrubar o presidente da República. Joesley diz que, no momento certo, e de comum acordo com o Rodrigo Janot, o depoimento já acertado com Lúcio Funaro "fecharia a tampa do caixão". Tentativa que vemos agora em execução.
Tudo combinado, tudo ajustado, tudo acertado, com o objetivo de: livrar-se de qualquer penalidade e derrubar o presidente da República.
E agora, trazem de volta um delinquente conhecido de várias delações premiadas não cumpridas para mentir, investindo contra o presidente, contra o Congresso Nacional, contra os parlamentares e partidos políticos.
Eu, que tenho milhares de livros vendidos de direito constitucional, com mais de 50 anos de serviços na universidade, na advocacia, na procuradoria e nas secretarias de Estado, na presidência da Câmara dos Deputados e agora na Presidência da República, sou vítima de uma campanha implacável com ataques torpes e mentirosos. Que visam a enlamear meu nome e prejudicar a República.
O que me deixa indignado é ser vítima de gente tão inescrupulosa. Mas estes episódios estão sendo esclarecidos.
A verdade que relatei logo no meu segundo pronunciamento, há quase cinco meses, está vindo à tona. Pena que nesse largo período o noticiário deu publicidade ao que diziam esses marginais. Deixaram marcas que a partir de agora procurarei eliminar, como estou buscando fazer nesta carta.
É um desabafo. É uma explicação para aqueles que me conhecem e sabem de mim. É uma satisfação àqueles que democraticamente convivem comigo.
Afirmações falsas, denúncias ineptas alicerçadas em fatos construídos artificialmente e, portanto, não verdadeiros, sustentaram as mentiras, falsidades e inverdades que foram divulgadas. As urdiduras conspiratórias estão sendo expostas. A armação está sendo desmontada.
É preciso restabelecer a verdade dos fatos. Foi a iniciativa do governo, somada ao apoio decisivo da Câmara dos Deputados e do Senado Federal, que possibilitou a retomada do crescimento no país.
Quando se fala que a inflação caiu, que os juros foram reduzidos, que fomos capazes de liberar as contas inativas do FGTS e agora de antecipar as idades para percepção do PIS/Pasep, tudo isso tem um significado: impedir o aumento de preços, valorizar o salário e melhorar a vida das pessoas.
Quero acrescentar o que fizemos na área social. No Bolsa Família, por exemplo. Quando assumimos aumentamos em 12,5% seu valor. E zeramos a fila daqueles que nele queriam ingressar.
Mas nós não queremos que os que estão no Bolsa Família nele permaneçam indefinidamente. Queremos que progridam. Por isso lançamos o programa Progredir, com participação dos bancos públicos e da sociedade civil com vistas a incluí-los positivamente na sociedade.
Nenhum programa social foi eliminado ou reduzido. O Brasil não parou, apesar das denúncias criminosas que acabei de apontar.
O Brasil cresceu e vem crescendo. Basta verificar os investimentos estrangeiros e o interesse acentuado pelas concessões e privatizações que estamos corajosamente a realizar.
E a agenda de modernização reformista do País avança com o teto de gastos públicos, lei das estatais, modernização trabalhista, reforma do ensino médio, proposta de revisão da Previdência, simplificação tributária.
Em toda a minha trajetória política a minha pregação foi a de juntar os brasileiros, de promover a pacificação, de conversar, de dialogar. Não acredito na tese do "nós contra eles". Acredito na união dos brasileiros.
O que devemos fazer agora é continuar a construir, juntos, o Brasil. Com serenidade, moderação, equilíbrio e solidariedade.
Na certeza de que a verdade dos fatos será reposta, agradeço a sua atenção.
Atenciosamente,

Michel Temer

E agora Leia na integra as informações passadas pelo Michel Temer para os americanos na época que ele era um informante da inteligência americana (vulgo espião)



1. (U) Sensitive but Unclassified - protect accordingly. 2. (SBU) Summary: Federal Deputy Michel Temer, national president of the Brazilian Democratic Movement Party (PMDB), believes that public disillusion with President Lula and the Workers' Party (PT) provides an opportunity for the PMDB to field its own candidate in the 2006 presidential election. However, party divisions and the lack of a compelling choice as a candidate could force the PMDB into an alliance with Lula's PT or the opposition PSDB. If Lula's polling numbers do not improve before the PMDB primaries in March, Temer said his party might nominate its own candidate. This would still allow the party to forge an alliance with the PT or PSDB in a runoff, assuming that the PMDB candidate fails to make the second round. Given its centrist orientation, the PMDB may hold the balance of votes between the two opposing forces. It is also likely to remain a force at the local and state level. Temer believes it has a chance to win as many as 14 gubernatorial races. End Summary. --------------------------- With Allies Like This . . . --------------------------- 3. (SBU) Michel Temer, a Federal deputy from Sao Paulo who served as president of the Chamber of Deputies from 1997 through 2000, met January 9 with CG and poloffs to discuss the current political situation. Lula's election, he said, had raised great hope among the Brazilian people, but his performance in office has been disappointing. Temer criticized Lula's narrow vision and his excessive focus on social safety net programs that don't promote growth or economic development. The PT had campaigned on one program and, once in office, had done the opposite of what it promised, which Temer characterized as electoral fraud. Worse, some PT leaders had stolen state money, not for personal gain, but to expand the party's power, and had thus fomented a great deal of popular disillusion. ------------------------- PMDB Perceives an Opening ------------------------- 4. (SBU) This reality, Temer continued, opens an opportunity for the PMDB. The party currently holds nine statehouses and has the second-highest number of federal deputies (after the PT), along with a great many mayoralties and city council and state legislative seats. Polls show that voters are tired of both the PT and the main opposition party, the Brazilian Social Democratic Party (PSDB). For example, a recent poll showed former governor (and PMDB state chairman) Orestes Quercia leading in the race for Sao Paulo state governor. ----------------------- Divisions Dog the Party ----------------------- 5. (SBU) Asked why the PMDB remains so divided, Temer said the reasons were both historical and related to the nature of Brazilian political parties. The PMDB grew out of the Brazilian Democratic Movement (MDB) under the military dictatorship, which operated as an umbrella group for legitimate opposition to the military dictatorship. After the restoration of democracy, some members left the PMDB to form new parties (such as the PT and PSDB), but many of those who remained now act as power brokers at the local and regional level. Thus the PMDB has no real unifying national identity but rather an umbrella organization for regional "caciques" or bosses. Temer noted that the PMDB is not the only divided party. Although there are 28 political parties in Brazil, most of them do not represent an ideology or a particular line of political thinking that would support a national vision. ---------------------------- SAO PAULO 00000030 002 OF 003 PMDB Primaries Set for March ---------------------------- 6. (SBU) Temer confirmed press reports that he is seeking to move the March 5 primary date to a date later in the month. (Note: March 31 is the deadline for executives and Ministers to resign their offices if they plan to run for public office. End Note.) There will be some 20,000 electors, he said, including all PMDB members who hold electoral office (federal and state deputies, governors, mayors, vice-governors and -mayors, and other elected municipal officials) as well as delegates chosen at state conventions. --------------------------------------- Lula's Numbers Will Drive PMDB Strategy --------------------------------------- 7. (SBU) If, between now and the primary, the Lula government's standing in the polls improves, it is still possible the PMDB will seek an electoral alliance with Lula and the PT, Temer said. If not, the PMDB will run its own candidate. So far, Rio de Janeiro ex-governor Anthony Garotinho has been working the hardest, reaching out to the whole country in search of support. But there is resistance to him from within the PMDB, in part due to his populist image, in part because there appears to be a ceiling to his support. Germano Rigotto, governor of Rio Grande do Sul (reftels) is a possible candidate, though he is still not well known outside the south. Nelson Jobim, a judge on the Supreme Federal Tribunal (STF) who has announced his intention to step down, is another possibility; however, he can't campaign until he leaves the Tribunal, and he may not have time to attract the support necessary to win the primary. -------------------------------------------- PMDB's Fallback - PT or PSDB in Second Round -------------------------------------------- 8. (SBU) Temer was confident that despite its current division, the PMDB will unite for the election, whether in support of its own candidate or in alliance with another party. If it runs a candidate who fails to make it to the second round, the party will seek to negotiate an alliance with one of the two finalists. He noted that the PMDB had supported the government of PSDB former president Fernando Henrique Cardoso, and said there should be a "re-fusion" of the two parties into a permanent grand alliance. The PMDB would have no problem with either Sao Paulo Mayor Jose Serra or Sao Paulo state governor Geraldo Alckmin, who are competing for the PSDB nomination. In 2002, the PMDB supported Serra against Lula. 9. (SBU) Asked about the party's program, Temer indicated that the PMDB favors policies to support economic growth. It has no objection to the Free Trade Area of the Americas (FTAA). It would prefer to see Mercosul strengthened so as to negotiate FTAA as a bloc, but the trend appears to be moving the other way. ------------------------------ Comment: PMDB As Power Broker? ------------------------------ 10. (SBU) For now, the PMDB is keeping its options open. Though Temer didn't mention it, the party's leadership is waiting to see whether the "verticalizacao" rule will remain in force for the 2006 elections. This rule, decreed by a 2002 decision of the Supreme Electoral Tribunal (TSE), dictates that electoral alliances at the national level must be replicated in races for governors and federal deputies. The Senate passed a measure repealing the rule, and the lower chamber is expected to vote on it shortly, with prospects uncertain. There is also a legal challenge to the rule pending which the TSE will likely take up in February. The PMDB wants to know the rules of the game before deciding on possible alliances, since most observers believe that a SAO PAULO 00000030 003 OF 003 PMDB presidential candidate would not fare well under the current system of "verticalizacao." Temer appeared open to the possibility of an alliance with either the PT or the PSDB, or to a stand-alone PMDB candidate. Given its centrist orientation, the PMDB may hold the balance of votes between Lula's PT and the opposition PSDB, and thus bears watching closely in the months ahead. End Comment. 11. (U) Biographic Note: Michel Miguel Elias Temer Lulia has served as federal deputy from Sao Paulo since 1987, except for a two-year period (1993-94) when he was Secretary for Public Security in the Sao Paulo state government. He studied at the University of Sao Paulo and earned a Doctorate in Law from the Catholic University of Sao Paulo. From 1984 through 1986 he was the state's Prosecutor General. He served as the PMDB's leader in the Camara de Deputados 1995-97 and as President of the Camara 1997-2000. He was national president of the PMDB 2001-03 and 2004- present. 12. (U) This cable was cleared/coordinated with Embassy Brasilia. McMullen

Tradução pelo google Tradutor:


1. (U) Sensível, mas não classificado - proteja de acordo.   2. (SBU) Resumo: deputado federal Michel Temer, nacional presidente do Partido do Movimento Democrático Brasileiro (PMDB), acredita que a desilusão pública com o presidente Lula e a O Partido dos Trabalhadores (PT) oferece uma oportunidade para o PMDB campo seu próprio candidato na eleição presidencial de 2006. No entanto, as divisões do partido e a falta de uma escolha convincente Como um candidato poderia forçar o PMDB a uma aliança com PT de Lula ou o PSDB da oposição. Se os números de votação de Lula não melhore antes das primárias do PMDB em março, Temer disse que seu partido pode nomear seu próprio candidato. Isso seria ainda permite que a festa forja uma aliança com o PT ou PSDB em um segundo turno, assumindo que o candidato PMDB falha faça a segunda rodada. Dada a orientação centrista, a PMDB pode manter o saldo de votos entre os dois adversários forças. Também é provável que continue a ser uma força no local e nível estadual. Temer acredita que tem a chance de ganhar como muitos como 14 corridas governamentais. Resumo final.   --------------------------- Com os aliados gostam disso. . . ---------------------------   3. (SBU) Michel Temer, deputado federal de São Paulo que serviu como presidente da Câmara dos Deputados de 1997 até o ano de 2000, reuniu-se em 9 de janeiro com CG e poloffs para discutir a situação política atual. A eleição de Lula, ele disse, suscitou grande esperança entre os brasileiros, mas seu O desempenho no escritório foi decepcionante. Temer criticou a visão estreita de Lula e seu foco excessivo em programas de segurança social que não promovam o crescimento ou desenvolvimento Econômico. O PT havia feito campanha em um programa e, uma vez no cargo, tinha feito o oposto do que prometeu, que Temer caracterizou como fraude eleitoral. Pior ainda, alguns líderes de PT roubaram dinheiro do Estado, não para ganho pessoal, mas para expandir o poder do partido, e teve assim fomentou uma grande desilusão popular.   ------------------------- PMDB Percebe uma Abertura -------------------------   4. (SBU) Esta realidade, Temer continuou, abre uma oportunidade para o PMDB. O partido atualmente tem nove estadias e tem o segundo maior número de deputados (após o PT), juntamente com grandes adiantamentos e conselhos municipais e assentos legislativos estaduais. Enquete de enquete que os eleitores estão cansados ​​do PT e da principal oposição festa, o Partido Social Democrata Brasileiro (PSDB). Para Por exemplo, uma pesquisa recente mostrou o ex-governador (e PMDB presidente do estado) Orestes Quercia liderando a corrida por São Governador do estado de Paulo.   ----------------------- Divisões Dog the Party -----------------------   5. (SBU) Perguntado por que o PMDB permanece tão dividido, Temer disse os motivos eram históricos e relacionados à natureza dos partidos políticos brasileiros. O PMDB surgiu do Movimento Democrático Brasileiro (MDB) sob os militares ditadura, que operava como um grupo guarda-chuva para oposição legítima à ditadura militar. Depois de a restauração da democracia, alguns membros deixaram o PMDB para formar novas partes (como o PT e o PSDB), mas muitos aqueles que permaneceram agora atuam como corretores de poder no local e nível regional. Assim, o PMDB não possui um verdadeiro nacional unificador identidade, mas sim uma organização guarda-chuva para "caciques" ou chefes. Temer observou que o PMDB não é o apenas partido dividido. Embora haja 28 partidos políticos No Brasil, a maioria deles não representa uma ideologia ou uma linha particular de pensamento político que apoiaria uma visão nacional.   ----------------------------   SAO PAULO 00000030 002 OF 003     PMDB Primaries Set for March ----------------------------   6. (SBU) Temer confirmou relatórios de imprensa que ele está procurando para mover a data principal de 5 de março para uma data posterior no mês. (Nota: 31 de março é o prazo para executivos e Os ministros devem demitir seus cargos se planejam concorrer a escritorio publico. Nota final.) Haverá cerca de 20.000 eleitores, ele disse, incluindo todos os membros do PMDB que possuem escritório eleitoral (deputados federais e estaduais, governadores, prefeitos, vice-governadores e -mayores, e outros eleitos funcionários municipais), bem como delegados escolhidos no estado convenções.   --------------------------------------- Os números de Lula direcionarão a estratégia PMDB ---------------------------------------
7. (SBU) Se, entre agora e o primário, o Lula O estado do governo nas pesquisas aumenta, ainda é possível, o PMDB buscará uma aliança eleitoral com Lula e o PT, disse Temer. Caso contrário, o PMDB executará o seu próprio candidato. Até agora, o ex-governador do Rio de Janeiro, Anthony Garotinho tem trabalhado o mais difícil, alcançando o país inteiro em busca de apoio. Mas há resistência para ele dentro do PMDB, em parte devido ao seu populista imagem, em parte porque parece haver um teto para o seu Apoio, suporte. Germano Rigotto, governador do Rio Grande do Sul (reftels) é um possível candidato, embora ainda não seja bem conhecido fora do sul. Nelson Jobim, um juiz no Supremo Tribunal Federal (STF) que anunciou seu intenção de desistir, é outra possibilidade; no entanto, ele não pode fazer campanha até sair do Tribunal, e ele não pode tem tempo para atrair o apoio necessário para ganhar o primário.   -------------------------------------------- Retoque do PMDB - PT ou PSDB na segunda rodada --------------------------------------------   8. (SBU) Temer estava confiante de que, apesar de sua atual divisão, o PMDB se unirá para a eleição, seja em apoio de seu próprio candidato ou em aliança com outro festa. Se é executado um candidato que não consegue chegar ao segunda rodada, o partido procurará negociar uma aliança com um dos dois finalistas. Ele observou que o PMDB tinha apoiou o governo do ex presidente do PSDB, Fernando Henrique Cardoso, e disse que deveria haver uma "re-fusão" de as duas partes em uma grande aliança permanente. O PMDB não teria nenhum problema com o prefeito de São Paulo, José Serra ou o governador do estado de São Paulo Geraldo Alckmin, que são concorrendo para a indicação do PSDB. Em 2002, o PMDB apoiou Serra contra Lula.   9. (SBU) Perguntado sobre o programa da festa, Temer indicou que o PMDB favorece políticas para apoiar o crescimento econômico. Não tem objeção à Área de Livre Comércio das Américas (FTAA). Preferiria fortalecer o Mercosul de modo que para negociar a ALCA como um bloco, mas a tendência parece ser movendo o outro caminho.   ------------------------------ Comentário: PMDB como Power Broker? ------------------------------   10. (SBU) Por enquanto, o PMDB mantém suas opções abertas. Embora Temer não tenha mencionado isso, a liderança do partido é esperando para ver se a regra "verticalizacao" permanecerá em vigor para as eleições de 2006. Esta regra, decretada por um Decisão de 2002 do Tribunal Supremo Eleitoral (TSE), determina que as alianças eleitorais a nível nacional devem ser replicado em corridas para governadores e deputados federais. O Senado aprovou uma medida que revoga a regra, e a A câmara baixa deverá votar em breve, com perspectivas incertas. Há também um desafio legal para o regra pendente que a TSE provavelmente ocorrerá em fevereiro. O PMDB quer conhecer as regras do jogo antes de decidir sobre possíveis alianças, já que a maioria dos observadores acredita que uma   SAO PAULO 00000030 003 OF 003     O candidato presidencial do PMDB não seria bem abaixo do sistema atual de "verticalização". Temer apareceu aberto a a possibilidade de uma aliança com o PT ou o PSDB, ou para um candidato de PMDB autônomo. Dado seu orientação centrista, o PMDB pode manter o saldo de votos entre o PT de Lula e o PSDB da oposição, e, portanto, carrega Observando atentamente nos próximos meses. Termine o comentário.   11. (U) Nota Biográfica: Michel Miguel Elias Temer Lulia atuou como deputado federal de São Paulo desde 1987, exceto por um período de dois anos (1993-94) quando ele era secretário para Segurança Pública no governo estadual de São Paulo. Ele estudou na Universidade de São Paulo e obteve uma Doutorado em Direito pela Universidade Católica de São Paulo. De 1984 a 1986, ele foi o procurador do estado Geral. Ele atuou como líder do PMDB na Camara de Deputados 1995-97 e como presidente da Camara 1997-2000. Ele foi presidente nacional do PMDB 2001-03 e 2004- presente.   12. (U) Este cabo foi limpo / coordenado com a Embaixada Brasília.   McMullen

E Agora todo o Depoimento do Funaro:

LÚCIO BOLONHA FUNARO CONTA TUDO. Parte1: Parte2: Parte3: Parte4: Parte5(nessa parte ele conta detalhes daquela história que o Ex-marido da Patrícia Pilar, aquele que popularizou o termo "Tatu no Toco" e teve um dia que mandou matar a turma do Sérgio Moro, sempre reclama: Quando o Ciro Pediu para que Lula não entregasse Furnas para o Cunha, o Lula disse que não entregaria, e depois foi só o Ciro virar as costas e o Lula entregou): Parte6: Parte7: Parte8: Parte9: Parte10: Parte11: Parte12:

Com o Funaro dando a versão dele, o Eduardo Cunha teve que contra-atacar.
E o Fez usando a Revista Época do Grupo Globo.


Preso há quase um ano, o homem que derrubou Dilma fala pela primeira vez. Ele denuncia um mercado clandestino de delações – e diz estar pronto para contar o que sabe à nova procuradora-geral da República
DIEGO ESCOSTEGUY
29/09/2017 - 22h21 - Atualizado 06/10/2017 20h42


O ex- presidente da Câmara Eduardo Cunha. Ele se julga um “preso político” 
Trezentos e quarenta e cinco dias no cárcere não quebraram Eduardo Cunha. O homem que derrubou Dilma Rousseff, encerrando abruptamente 13 anos do PT no poder, pária para boa parte dos brasileiros, herói para alguns poucos, o homem que se consagrou como o mais vistoso preso da Lava Jato, esse homem que segue gerando memes e açulando paixões – eis um homem que se recusa a aceitar o destino que se lhe impôs, da política como passado e das grades como futuro. Cunha não aceita ser o que esperam dele: um presidiário obsequioso, a cumprir sem muxoxos sua sentença. “Sou um preso político”, disse, num encontro recente em Brasília, aquele cuja delação o presidente Michel Temer mais teme. Na primeira entrevista desde que foi preso, Cunha, cujo corpo, fala e espírito não traem um dia submetido ao xilindró, foi, bem, puro Cunha: articulado, incisivo, bélico. Falou da vida na prisão, da negociação frustrada de delação com o então procurador-geral da República,Rodrigo Janot, e do que considera uma clara perseguição judicial contra ele. Acusou a existência de um mercado de delações premiadas, revelando detalhes substantivos. Pôs-se à disposição da sucessora de Janot para voltar a negociar sua delação, talvez sua única saída viável para escapar da cadeia – ele foi condenado em primeira instância e responde a processos por corrupção em Curitiba, Brasília e no Rio de Janeiro. A seguir, trechos da entrevista.
ÉPOCA – O ex-procurador-geral da República Rodrigo Janot não aceitou sua proposta de delação premiada. O senhor ainda está disposto a colaborar, caso a nova procuradora-geral, Raquel Dodge, aceite negociar?
Eduardo Cunha –
 Estou pronto para revelar tudo o que sei, com provas, datas, fatos, testemunhas, indicações de meios para corroborar o que posso dizer. Assinei um acordo de confidencialidade com a Procuradoria-Geral da República, de negociação de colaboração, que ainda está válido. Estou disposto a conversar com a nova procuradora-geral. Tenho histórias quilométricas para contar, desde que haja boa-fé na negociação.
ÉPOCA – Não houve boa-fé na negociação com Janot?
Cunha – 
Claro que não. Nunca acreditei que minha delação daria certo com o Janot. Tanto que não deu.
ÉPOCA – Então, por que negociou com a equipe dele?
Cunha – 
Topei conversar para mostrar a todos que estou disposto a colaborar e a contar a verdade. Mas só uma criança acreditaria que Janot toparia uma delação comigo. E eu não sou uma criança. O Janot não queria a verdade; só queria me usar para derrubar o Michel Temer.
ÉPOCA – Como assim?
Cunha –
 Tenho muito a contar, mas não vou admitir o que não fiz. Não recebi qualquer pagamento do Joesley (Batista, dono da JBS) para manter silêncio sobre qualquer coisa. Em junho, quando fui depor à Polícia Federal sobre esse episódio, disse que tanto não mantinha silêncio algum que ninguém havia me chamado a colaborar, a quebrá-lo. Naquele momento, o Ministério Público e a Polícia Federal me procuraram para fazer colaboração. Autorizei meus advogados a negociar com o MP.
ÉPOCA – O que deu errado?
Cunha –
 Janot queria que eu colocasse mentiras na delação para derrubar o Michel Temer. Se vão derrubar ou não o Michel Temer, se ele fez algo de errado ou não, é uma outra história. Mas não vão me usar para confirmar algo que não fiz, para atender aos interesses políticos do Janot. Ele operou politicamente esse processo de delações.
ÉPOCA – O que há de político nas delações?
Cunha –
 O Janot, na verdade, queria um terceiro mandato. Mas seria difícil, tempo demais para um só. O candidato dele era o Nicolao Dino (vice de Janot), mas a resistência ao Dino no PMDB era forte. Se o Dino estivesse fora, a Raquel Dodge, desafeto do grupo dele, seria escolhida. É nesse contexto que aparece aquela delação absurda da JBS. O Janot viu a oportunidade de tirar o Michel Temer e conseguir fazer o sucessor dele na PGR.
ÉPOCA – O que há de absurdo na delação da JBS? Ou o senhor se refere aos benefícios concedidos aos delatores?
Cunha –
 O Joesley fez uma delação seletiva, para atender aos interesses dele e do Janot. Há omissões graves na delação dele. O Joesley poupou muito o PT. Escondeu que nos reunimos, eu e Joesley, quatro horas com o Lula, na véspera do impeachment. O Lula estava tentando me convencer a parar o impeachment. Isso é só um pequeno exemplo. Eu traria muitos fatos que tornariam inviável a delação da JBS. Tenho conhecimento de omissões graves. Essa é uma das razões pelas quais minha delação não poderia sair com o Janot. Ele, com esses objetivos políticos, acabou criando uma trapalhada institucional, que culminou no episódio do áudio da JBS. Jogou uma nuvem de suspeição no Supremo sem base alguma.
ÉPOCA – Mas o que houve de político na negociação da delação do senhor?
Cunha – 
A maior prova de que Janot operou politicamente é que ele queria que eu admitisse que vendi o silêncio ao Joesley para poder usar na denúncia contra o Michel Temer. Não posso admitir aquilo que não fiz. Como não posso admitir culpa do que eu não fiz, inclusive nas ações que correm no Paraná. Estava disposto a trazer fatos na colaboração que não têm nada a ver com o que está exposto nas ações penais. Eles não queriam.
ÉPOCA – Havia algum outro fato que os procuradores queriam que você admitisse? Que não foi uma admissão espontânea, como determina a lei?
Cunha – 
Janot queria que eu colocasse na proposta de delação que houve pagamentos para deputados votarem a favor do impeachment. Isso nunca aconteceu. Um absurdo. Se o próprio Joesley confessou o contrário na delação dele, dizendo que se comprometeu a pagar deputados para votar contra o impeachment, de onde sai esse tipo de coisa? Qual o sentido? Mas aí essa história maluca, olha que surpresa, aparece na delação do Lúcio (Funaro, doleiro próximo a Cunha). É uma operação política, não jurídica. Eles tiram as conclusões deles e obrigam a gente a confirmar. Os caras não aceitam quando você diz a verdade. Queriam que eu corroborasse um relatório da PF que me acusa de coisas que não existem. Não é verdade. Então não vou. Não vou.
ÉPOCA – Janot estabeleceu uma disputa entre o senhor e Funaro. Só um fecharia delação, por terem conhecimento de fatos semelhantes envolvendo o PMDB da Câmara.
Cunha –
 O Janot tem ódio de mim. Mas o ódio dele pelo Michel Temer passou a ser maior do que a mim. Então, se eu conseguisse derrubar o Michel Temer, ele aceitava. Mas eu não aceitei mentir. E ele preferiu usar o Lúcio Funaro de cavalo.
ÉPOCA – Alguma outra razão para a delação não ter saído?
Cunha –
 O que eu tenho para falar ia arrebentar a delação da JBS e ia debilitar a da Odebrecht. E agora posso acabar com a do Lúcio Funaro.
ÉPOCA – O que o senhor tem a contar de tão grave?
Cunha –
 Infelizmente, não posso adiantar, entrar no mérito desses casos. Quebraria meu acordo com a PGR. Eu honro meus acordos.
ÉPOCA – Nem no caso de Funaro? O senhor já mencionou um fato que diz ser falso.
Cunha – 
Ainda não tive acesso à íntegra da delação do Lúcio Funaro. Mas, pelo que li na imprensa e pelo que já tive conhecimento, há muito contrabando e mentiras ali. A delação do Lúcio Funaro foi feita única e exclusivamente pelo que ele ouviu dizer de mim. O problema é que ele disse que ouviu de mim coisas que não aconteceram. Como um encontro dele com Michel Temer e comigo na Base Aérea em São Paulo. Ou esse episódio da véspera do impeachment, de compra de deputados, que o Janot colocou na boca do Lúcio Funaro. Tudo que ele falou do Michel Temer que disse ter ouvido falar de mim é mentira. Ele não tinha acesso ao Michel Temer ou aos deputados. Eu tinha.
 
ÉPOCA – Funaro tinha uma relação forte com o ex-ministro Geddel Vieira Lima.
Cunha – 
Ele teve convivência com o Geddel porque eu o apresentei ao Geddel. Ele conheceu o Henrique (Eduardo Alves, ex-deputado)através de mim, mas teve pouco contato. Só conheceu deputados quando eu apresentei, em encontros sociais e jantares. Só nesse nível. Aí a delação dele fica nesse “ouvi dizer do Eduardo isso, ouvi dizer do Eduardo aquilo”. Mentira. Fora as omissões.
ÉPOCA – De que tipo?
Cunha – 
O patrimônio dele. Ele fala que a casa dele em São Paulo foi comprada numa operação de mútuo com Joesley. Mas a casa, na verdade, é quitação de propina. O Janot aceitou essa explicação e ele manteve a casa, os bens, mesmo sendo produto de crime. Ele também não contou do apartamento dele em Portugal. Mas há coisas mais graves.
ÉPOCA – Por exemplo?
Cunha –
 Lúcio Funaro se esqueceu de dizer na delação que ele me trouxe uma oferta de dinheiro para pagar o advogado Antonio Figueiredo Basto (defensor do doleiro, responsável pela delação dele).Figueiredo era advogado do Alberto Youssef (doleiro, um dos primeiros delatores da Lava Jato). Cobrou para mudar o depoimento do Youssef em relação a mim. Eu recusei.
ÉPOCA – Quanto ele cobrou, segundo Funaro? Quando aconteceu isso?
Cunha – 
Isso aconteceu por volta de fevereiro do ano passado. O Lúcio me disse isso por Wickr (aplicativo de troca de mensagens criptografadas). Figueiredo Basto pedindo R$ 2 milhões para o Youssef me preservar. Eu não aceitei. Não fiz nada. E mais: recentemente, o Figueiredo tentou me procurar para fazer a delação junto com o Lúcio Funaro, desde que eu o contratasse também. Para combinar versões. Eu não aceitei. Não quis recebê-lo. Não cheguei a conversar com ele. Foi o Figueiredo, aliás, que assumiu o Júlio Camargo (primeiro operador do petrolão a acusar Cunha) e fechou uma nova delação dele nos moldes que o Janot queria, me atribuindo fatos que não existem. E agora fez o Lúcio Funaro confirmar as mentiras do Júlio Camargo. É um processo: a próxima delação precisa confirmar a anterior, mesmo que não seja verdade. Quando um sujeito vai fazer a delação, ele precisa confirmar o que o anterior disse. Senão eles não fazem. Então eles criam um processo que só valida o que eles já acham. É um processo maculado, fraudado.
ÉPOCA – Por que o senhor diz que há um padrão problemático nas delações? Como o senhor sabe das demais?
Cunha –
 Porque existe esse padrão. Eu sei, entre outras coisas, porque me relaciono há um ano com os demais presos em Curitiba. A colaboração premiada é um instrumento de defesa importante, mas é preciso investigar como os procuradores estão usando irregularmente esse instituto. Há delações montadas. Há delações fraudadas. Há delações para corroborar outras delações. Há delações combinadas. A idoneidade dessas delações dos últimos tempos está em xeque por causa da atuação desse Marcello Miller (ex-procurador que trabalhava com Rodrigo Janot). Que, por acaso, foi quem conduziu as delações da maioria das pessoas que falam de mim. Começando pelo Fernando Baiano (lobista próximo a Cunha). Pelas informações que eu obtive, Miller foi buscar Fernando Baiano no Complexo Médico-Penal e o convenceu a fazer delação. E a delação tinha de ser sobre mim. Além disso, ele indicou um colega de faculdade dele, Sérgio Riera, para ser o advogado do Baiano. Não é de hoje que ele atua nos dois lados. O procurador indicar o advogado que vai fazer a delação com ele? Isso não tem sentido. É preciso investigar as delações conduzidas pelo Marcello Miller, esse mercado de delações. Ele fez também a do Sérgio Machado (ex-senador do PMDB). Aquela delação é uma pilhéria. Certamente vão encontrar situações iguais a essa. E não tem essa história de que Miller fez sem o conhecimento de Janot. Miller coordenava a delações, era homem de confiança do Janot.
ÉPOCA – O senhor está preso preventivamente há quase um ano. Já foi condenado em primeira instância e ainda enfrenta inquéritos e ações penais em Curitiba e em Brasília. Tem esperança de sair da cadeia um dia?
Cunha – 
Minha prisão foi absurda. Não me prenderam de acordo com a lei, para investigar ou porque estivesse embaraçando os processos. Prenderam para ter um troféu político. O outro troféu é o Lula. Um troféu para cada lado. O MP e o Moro queriam ter um troféu político dos dois lados. Como Janot já era meu inimigo, todos da Lava Jato estavam atrás de mim. Mas acredito que o Supremo vá julgar meu habeas corpus, parado desde junho, e, ao seguir o entendimento já firmado na Corte, concedê-lo.
ÉPOCA – Por que o senhor acredita que virou um troféu?
Cunha –
 Eu fui o primeiro que denunciou a atuação destrambelhada do Janot, ainda em 2015. É por causa disso que estou aqui. Eu enfrentei o Janot. E paguei um preço por isso. Ele atuava em dobradinha com Dilma Rousseff. Veja as diferenças de tratamento. Pega o exemplo da delação da Mônica Moura. Ela diz que a Dilma a avisou antes da prisão dela usando um computador do Alvorada, com e-mail frio. Quer indício mais forte de obstrução da Justiça? O que ele fez contra a Dilma? Cadê o pedido de busca e apreensão? O pedido de prisão? Nada. Mônica também diz que foi avisada por Dilma da situação da minha conta na Suíça, antes que viesse a público. Três meses antes de vazar. Como Dilma sabia? PGR, óbvio. Havia uma linha direta entre Janot e Dilma, que passava pelo José Eduardo Cardozo (ministro da Justiça no governo Dilma Rousseff).Uma operação coordenada. Eles precisavam me derrubar, mas eu derrubei a Dilma antes.
ÉPOCA – O senhor já se acostumou com a vida na prisão?
Cunha – 
Ninguém fica feliz em ser preso. Mas, como tenho convicção de que minha prisão é política, de que sou inocente, creio em Deus, tenho capacidade de criar condições para suportar. Mas é óbvio que é uma situação degradante. E pior: em alguns momentos te impõem humilhações desnecessárias. Depende do humor das pessoas que te controlam. Não é uma coisa confortável.
ÉPOCA – No começo o senhor ficou na carceragem da PF em Curitiba. Em dezembro, foi transferido ao Complexo Médico-Penal, um presídio. Como foi a adaptação?
Cunha –
 Como eu não era delator, me forçaram a sair da carceragem e me mandaram para o presídio. A carceragem da
PF é um hotel de delação. Eles te dão toda condição. Se você não delata, vai para o presídio. O princípio deles é este: você só fica lá se for candidato. O presídio é outra coisa, muito mais duro. Dizem que é complexo médico, mas não tem nada de médico. Expliquei que tenho um edema cerebral, o que é verdade, e o presídio fecha a certa hora. Se alguém passar mal, demora até ter atendimento. Mesmo assim me deixaram lá. Mas a situação no Complexo até melhorou bastante. Houve mutirões e saíram alguns inimputáveis. Mas é um presídio, não é? Evito circular, especialmente nas áreas externas, por segurança. Estou misturado a muitos tipos de presos. Todo mundo sabe que sou um preso político.
ÉPOCA – Como o senhor preenche os dias?
Cunha – 
Tenho uma rotina rigorosa. Acordo às 6 horas, trabalho de manhã, caminho uma hora, cozinho com os outros detentos, estudo meus processos, vejo TV à noite. Durmo por volta da meia-noite.
ÉPOCA – Sozinho?
Cunha – 
Fiquei bastante tempo sozinho. Há dois meses, passei a dividir a cela com Luiz Argolo (ex-deputado federal pelo Solidariedade). Tiveram de remanejar. Encheu mais um pouco.
ÉPOCA – Que tipo de trabalho o senhor faz?
Cunha – 
Faço de tudo. Entrego comida, entrego café, lavo. Já tenho uns três meses a menos de prisão só de tempo de trabalho (risos).
ÉPOCA – Como é a convivência com os demais presos?
Cunha –
 É boa. Cada um na sua. Mas é um museu da Lava Jato. A maioria dos presos são ilegais, irregulares, não deveriam estar lá. Quem é preso preventivamente já está condenado. Não há um caso de absolvição.
ÉPOCA – Quem compõe esse museu?
Cunha –
 Uns 14. Jorge Zelada (ex-diretor da Petrobras), Gim Argello(ex-senador pelo PTB), Argolo, João Vaccari (ex-tesoureiro do PT), André Vargas (ex-deputado do PT). Só saíram João Cláudio Genu(operador do PP) e José Dirceu (petista, ex-ministro da Casa Civil), os únicos que tiveram habeas corpus apreciado no Supremo. Depois pararam de julgar habeas corpus – iam ter de soltar todos. Eu já disse que vou recorrer ao papa para ser julgado no Supremo. Mas o papa não adianta. Só recorrendo a Deus.
ÉPOCA – Por que o senhor acha que não julgam seu habeas corpus no Supremo?
Cunha – 
Porque sabem que vão perder. O entendimento da Segunda Turma está consolidado. A prisão só pode ser feita no cumprimento da sentença. Na delação do Joesley, todo mundo já foi solto, menos eu. Quero que julguem. Quero a posição dos ministros sobre as preventivas alongadas, sobre a minha preventiva alongada. Não há como defender isso.
ÉPOCA – Por que não?
Cunha –
 As prisões preventivas alongadas são arbitrárias, ilegais. É um cumprimento antecipado de sentença. E é usado como instrumento de coação para forçar os presos a fazer delação. É uma forma de impedir o direito de defesa. Não tenho dúvida nenhuma disso. E não só no meu caso. Veja o caso do Vaccari.
ÉPOCA – É curioso ver o senhor defender alguém do PT…
Cunha – 
Tenho minhas divergências políticas com o PT, claro, mas isso não me impede de ver que se trata de uma prisão absurda. Vaccari está há dois anos e meio preso. Ele foi absolvido na segunda instância, mas o Moro manda ele continuar preso. Se ele for condenado por uma decisão do segundo ou do terceiro grau, pelo Supremo, que cumpra. Mas não se pode antecipar punição. Para mim, para o
Vaccari – para ninguém.
ÉPOCA – As decisões de Moro sobre a necessidade das preventivas na Lava Jato têm sido mantidas nas instâncias superiores. Não é um sinal de que ele está certo?
Cunha – 
Nós temos um juiz que se acha salvador da pátria. Ele quis montar uma operação Mãos Limpas no Brasil – uma operação com objetivo político. Queria destruir o establishment, a elite política. E conseguiu.
ÉPOCA – Se parte da elite política está na cadeia ou perto dela, isso se deve aos crimes cometidos por essas pessoas, e não a quem os investiga e os julga, não?
Cunha – 
Ninguém aqui está dizendo que não existe corrupção e que não há pessoas que merecem ser punidas. O problema é que o devido processo legal não foi e não está sendo adotado.
ÉPOCA – Que crimes o senhor cometeu? Não é hora de fazer um mea-culpa? Há provas fortes contra o senhor, e a PGR o acusa de integrar uma quadrilha, ao lado do presidente da República.
Cunha –
 Não posso responder a essa questão agora. Não vou entrar no mérito de cometer ou não cometer crimes. Detalhes quebrariam meu acordo com a PGR e prejudicariam minha defesa. Ainda espero uma oportunidade para dizer toda a verdade. Mas isso não significa que meus direitos não estejam sendo violados pelo Moro.
ÉPOCA – O que Moro fez ou deixou de fazer com o senhor? Não acha que está tendo um julgamento justo?
Cunha –
 Nem eu nem ninguém. Não existe chance de ter julgamento justo com Moro. Zero. Ele julga por convicção, não por provas. Muda o entendimento jurídico a cada dia.
ÉPOCA – Por mais que o senhor veja problemas em sua situação jurídica, não enxerga um legado importante da Lava Jato para o Brasil?
Cunha – 
Neste momento, Janot conseguiu atingir um objetivo ruim para o país. Jogou o governo no chão, mas deixou o Brasil sem rumo. Ele esqueceu um pequeno detalhe: em política, ninguém tira presidente; você põe presidente. Não adianta achar que você vai tirar um presidente sem ter outro para pôr no lugar. Você tirou a Dilma para pôr o Michel. Se você não tivesse um presidente para pôr, a Dilma não tinha caído. Rodrigo Maia (presidente da Câmara) não é opção. Ele não tem a menor condição de ser presidente da República. Foi um erro de visão estratégica e política do Janot. Se Rodrigo assumisse, a crise do país iria piorar.
 
ÉPOCA – Para muitos brasileiros, parece não ser possível piorar.
Cunha – 
Os brasileiros estão cansados de crise. A crise precisa ter um fim. Pode vir na eleição, mas provavelmente não. Vai continuar depois da eleição. Haverá um problema grave. As divisões do país são muito agudas. Só vamos resolver o problema com o Parlamentarismo. Para que você proteja o presidente e, numa crise, possa derrubar o governo sem derrubar o presidente. Se tivéssemos um Parlamentarismo, mesmo que um meio Parlamentarismo, a Dilma não teria caído. Teria caído o governo, não a Dilma. Não teria acontecido o que aconteceu.
ÉPOCA – Então o senhor não crê que as próximas eleições possam pôr fim a essa crise? Com possível renovação de lideranças políticas, novas ideias…
Cunha – 
Não vejo como. Seja quem ganhe a próxima eleição, o país estará dividido. E é uma divisão de guerra, não só de oposição política. E essa guerra piorou muito com a Lava Jato. Ela se expressa no Parlamento. Quem governar terá de ter o Parlamento. De Congresso eu entendo profundamente. Você imagina que Ciro Gomes, Jair Bolsonaro ou Marina Silva têm condições de segurar o Parlamento e governar o país? Esquece. Talvez se mudem as coisas quando o próximo presidente não conseguir tocar o país. O Parlamentarismo é a única opção que pode proteger um pouco a estabilidade do sistema político.
ÉPOCA – A política brasileira não pode sair melhor dessa depuração?
Cunha – 
Parte do saldo da Lava Jato é um definhamento irrecuperável da instituição política brasileira. Jogou a instituição política brasileira no chão. Ela faliu. Não há a menor dúvida de que é preciso mudar o sistema político, a causa disso tudo. A Lava Jato queria derrubar o sistema político. Conseguiu. Só que, no fundo, nada mudou. A próxima eleição, com exceção do financiamento empresarial, será igual, com resultados iguais. E resultados iguais vão reeleger boa parte das mesmas pessoas. A reeleição, aliás, é uma coisa nefasta, tinha de acabar, incentiva barbaridades. Alguém espera uma recomposição do sistema político com as mesmas pessoas votando no Congresso?
ÉPOCA – O senhor pensa sobre como o que a História o retratará?
Cunha – 
Ninguém vai tirar de mim uma coisa: quem derrubou a Dilma fui eu. Quem tirou o PT fui eu. Se não fosse minha atuação, conduzindo com firmeza e regimentalmente, o impeachment não teria sido concluído. Quem deu curso ao processo do impeachment fui eu. Outros poderiam não ter dado. Essa marca eles não vão conseguir retirar de mim, por mais que eles tentem.
ÉPOCA – O senhor foi o maestro do impeachment. Mas milhões de brasileiros foram às ruas pedir a saída dela. E havia um crime de responsabilidade.
Cunha – 
Sim, eu posso ter tirado a Dilma, mas quem pôs o Michel Temer foi quem votou na chapa. Foram os brasileiros. Quem votou sabia que, na hora que tirasse a Dilma, ia botar o Michel Temer. No presídio, tem preso que até hoje fala:
“Eu admiro você porque você tirou a Dilma”.

Onde está Eduardo Cunha e por que ele deu entrevista à Época. Por Kiko Nogueira
 3 de outubro de 2017

O editor chefe da Época, publicação da Editora Globo, foi quem levantou a bola no dia 30 de setembro.
No Twitter, onde é hiperativo e auto referente como João Doria, Diego Escosteguy escreveu que a entrevista de Eduardo Cunha, capa da semana, “não foi concedida na Papuda nem em qualquer local do sistema prisional”.
Onde, então?
Nos últimos dias, o paradeiro de Cunha virou assunto nas redes sociais. O deputado federal Paulo Pimenta, presidente da Comissão de Direitos Humanos da Câmara, questionou a Procuradoria Geral da República na tarde de segunda, dia 2, sobre o parlamentar cassado.
Mais de 15 horas depois, uma resposta de Mara Elisa De Oliveira, chefe de gabinete da PGR Raquel Dodge: “Ela falou que, se não houver nenhum impedimento ou sigilo, a assessoria criminal da PGR vai comunicar a assessoria de comunicação e então alguém vai me ligar”, diz Pimenta.
Às 15h29 de terça, Mara enviou um email ao parlamentar, afirmando que Cunha “está preso na Delegacia de Polícia Especializada da Polícia Civil”.
“A transferência dele para Brasília, ocorrida no dia 15 de setembro, se deu em virtude de uma decisão do magistrado de Brasília [Vallisney Oliveira], que atendeu pedido da defesa, para que Eduardo Cunha acompanhasse — de Brasília — depoimentos de testemunhas e participasse pessoalmente do próprio interrogatório marcado para o mês de outubro”, diz Mara.
Cunha foi condenado a 15 anos e 4 meses de cana. Seu endereço no momento é a Divisão de Controle e Custódia de Presos da Polícia Civil, DCCP.
Ou seja, a entrevista foi, sim, numa instância do “sistema prisional”.
De acordo com o site da instituição, somente recebem visitas os internos que lá estão em razão do não pagamento de pensão alimentícia e de mandado de prisão temporária.
Quem autorizou?
De acordo com a assessoria do DCCP, a conversa “foi concedida no âmbito da Vara Federal, por intermédio dos advogados de Eduardo Cunha” e “no âmbito da Justiça”.
Cunha tem tido um tratamento, digamos, especial em relação a outros detentos da Lava Jato. Não foi obrigado a cortar o cabelo, não foi fotografado careca como Eike Batista — e fala com jornalista do grupo Globo.
Sérgio Cabral, por exemplo, foi proibido pela Justiça Federal de dar depoimento a veículos de comunicação. A decisão do desembargador federal Abel Gomes, da Primeira Turma Especializada do TRF2, é a mesma da primeira instância de Marcelo Bretas, da 7ª Vara Federal Criminal, no Rio.
A capa de Cunha na Época teve repercussão nula. É mais um blablabla de um homem que calcula tudo. Mas o recado a quem interessava foi dado.
Segundo reportagem do Globo, foi positiva para Temer pelo fato de EC “ter declarado que o ex-procurador-geral da República Rodrigo Janot queria que ele mentisse para incriminar o presidente”.
Relata o jornal:
A avaliação foi feita por um dos participantes das reuniões de ontem no Palácio do Jaburu, onde foi discutida a estratégia de defesa de Temer diante da segunda denúncia contra ele, que começou a tramitar na Câmara. Para esses aliados, este é mais um elemento que reforça a fragilidade da denúncia apresentada por Janot.
— O presidente Temer nunca esteve tão tranquilo — disse um interlocutor.
É evidente que Eduardo Cunha (que nunca é apenas Cunha, é multidão) usou a revista — ainda que Escosteguy tente vender o peixe de um “furo” para sua plateia de otários.
Num artigo intitulado “Vigaristas do bem”, o jornalista Márcio Chaer, dono do site jurídico Conjur, escreveu que “a exaltação aos protagonistas do fenômeno apelidado Operação Lava Jato não faz justiça a um herói quase anônimo dessa história: os jornalistas, que deixaram a cômoda posição de meros observadores para se tornarem participantes ativos do processo.”
Segundo Chaer, “os profissionais mais valorizados do mercado são os que têm relações com procuradores. O preço: divulgar a informação oficial como verdade absoluta. Os jornalistas que integram a ‘força-tarefa’ são os roteiristas”.
Na madrugada de 4 de março de 2016, dia da coercitiva de Lula, Escosteguy postou no Twitter: “Quase duas da manhã. Poucas horas para um amanhecer que tem tudo para ser especial, cheio de paz e amor”.
Mas ele ficou famoso, de fato, por uma cascata vexaminosa. Foi em 2014 e o então presidente do STF Joaquim Barbosa contou o que houve numa carta à redação.
“A matéria ‘Não serei candidato a presidente’ divulgada na edição nº 823 dessa revista traz em si um grave desvio da ética jornalística. Refiro-me a artifícios e subterfúgios utilizados pelo repórter [Escosteguy], que solicitou à Secretaria de Comunicação Social do Supremo Tribunal Federal para ser recebido por mim apenas para cumprimentos e apresentação”, afirma.
“Fora o condenável método de abordagem, o texto é repleto de erros factuais, construções imaginárias e preconceituosas, além de sérias acusações contra a minha pessoa”, prossegue.
“No campo pessoal, as inverdades narradas na matéria são ainda mais ofensivas e revelam total desconhecimento sobre a minha biografia. Minha mãe nunca foi faxineira”.
Etc etc.
Diego Escosteguy lamentou os “erros factuais, mesmo os pequenos”. “Falo apenas por meio do jornalismo que busco, com muitas imperfeições, produzir para vocês”, escreveu, como se estivesse num show de pagode.
Cunha, por sua vez, não erra uma. E conta com a mídia amiga para fazer seus acertos.


Wikileaks mostra que Temer é ainda mais próximo dos EUA, diz Greenwald

Jornalista revela que novos documentos demonstram que presidente interino contribui em espionagem

Rio de Janeiro (RJ)
,
Nascido nos EUA, Glenn atualmente é correspondente do jornal The Intercept no Rio de Janeiro. / Reprodução

Glenn Greenwald é o jornalista responsável por um conjunto de matérias que revelou ao mundo as espionagem do governo dos Estados Unidos por meio da Agência Nacional de Inteligência (NSA, sigla em inglês). Entre as espionadas estava a presidente Dilma Rousseff.
Nascido nos EUA, Glenn atualmente é correspondente do jornal The Intercept no Rio de Janeiro e foi o primeiro jornalista a entrevistar Dilma após a votação do processo de impeachment na Câmara dos Deputados, em 17 de abril deste ano.
Confira a entrevista completa:
Brasil de Fato - O site Wikileaks chegou a denunciar que o presidente interino Michel Temer seria informante dos Estados Unidos. O que você pensa dessa relação?
Glenn Greenwald - Quando o Wikileaks divulgou esses documentos pela primeira vez, quatro anos atrás, foram feitas algumas matérias no jornal Folha de S. Paulo e em outros jornais. Na época, ninguém prestou muita atenção porque as pessoas não se importavam muito com Temer. Mas agora, claro, o foco está nele. O que o Wikileaks disse agora é que o Temer está espionando o Brasil, junto aos Estados Unidos. Esse documento mostrou um comportamento muito raro, muito estranho, muito suspeito. Para mim esse documento subiu o nível da espionagem ou traição. Eu acho que esses registros são muito interessantes porque mostram que Temer é muito próximo dos EUA. Tem muitas pessoas achando que esse impeachment é para afastar o Brasil dos Brics [grupo formado por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul]. Querem o país longe da China e mais próximo dos EUA. E esse documento é uma evidência de que o presidente é uma pessoa que tem um relacionamento muito próximo com os EUA. Na realidade ele estava passando informação não pública a um governo estrangeiro. Acho que, pelo menos isso, deve ser investigado.
Como você vê a postura dos EUA nesse processo de impeachment no Brasil?
Essa questão sobre o envolvimento dos EUA com a política interna do Brasil é muito sensível porque todos os brasileiros, ou a maioria do povo, sabem que os EUA estiveram envolvidos no golpe de 1964 e que apoiou muito a ditadura.
Quando a presidente Dilma deu uma entrevista à RT [canal Russia Today] ela disse que não tinha evidências de que os EUA estariam envolvidos [no processo de impeachment]. O que eu posso falar, com certeza, é que o governo dos EUA tem uma preferência pelo governo Temer, se comparado ao governo do PT [Partido dos Trabalhadores].
O governo Temer oferece muito mais benefícios aos EUA, aos bancos estadunidenses e ao capital de Wall Street [mercado financeiro]. Então, acho que talvez eles não estejam apoiando o processo, mas aprovando, mostrando que eles não vão impedir. Um dia após a votação na Câmara dos Deputados, o líder da oposição, o senador Aloysio Nunes, foi para Washington e encontrou com políticos do alto escalão do governo dos EUA. Ele disse que estava indo dar informações, dizer que não é um golpe. Claro que quando um líder da oposição se encontra com membros do governo em Washington, nesse momento tão importante e sensível, levanta suspeita sobre o papel dos EUA nesse processo.
Como você avalia a cobertura da mídia brasileira no processo de impeachment?
Eu fiz reportagens em muitos países do mundo nos últimos oito anos e eu nunca vi uma mídia se comportando assim como a brasileira. Três famílias ricas são donas de quase todos os grandes meios de comunicação. Quase o total deles unidos contra o PT, contra o governo de Dilma, apoiando o impeachment. Os jornalistas que trabalham nessas organizações estão, quase que em sua unanimidade, apoiando o impeachment. Não estão fazendo jornalismo, não estão priorizando a pluralidade de opiniões. Estão fazendo propaganda para os donos dessas organizações para derrubar o governo que os donos [dos meios de comunicação] não gostam. Estão trabalhando para colocar o governo que eles preferem. Isso pra mim é uma ameaça, não só à liberdade de imprensa, mas também à democracia. Essas organizações têm a responsabilidade de informar o público, mas fazem o contrário. Estão distribuindo propaganda. A parte boa é que, agora, com a internet, essas organizações não podem mais controlar toda a informação que os brasileiros estão recebendo. Também há muitos jornalistas estrangeiros no Brasil, que não são controlados por essas organizações, e que estão fazendo reportagens sobre as mentiras dos líderes do impeachment. As informações que os brasileiros recebem estão mais diversificadas. Acho que essas organizações brasileiras estão perdendo o controle que eles tiveram por muito tempo.
Como você avalia as movimentações recentes da direita na América Latina com a vitória de Macri, na Argentina; a derrota da esquerda no referendo da Bolívia; os golpes contra Fernando Lugo, no Paraguai e Manuel Zelaya, em Honduras?
É preciso dividir as situações. A direita ganhou as eleições na Argentina de maneira mais ou menos limpa e justa. Também no Bolívia teve eleição para manter o limite do mandato do presidente Evo Morales. Se o povo quer votar por mudança, ele tem o direito de fazer. Já em países como Paraguai ou Honduras, assim como no Brasil, e também na Venezuela, existe esse movimento em que governos de esquerda, que foram eleitos, estão sendo tirados por políticos de direita que não foram eleitos.
Podemos observar esses dois movimentos de direita na América Latina. Um que é justo, pois acontece em eleições, e tem outra parte que é atacando à democracia. Precisamos considerar essas diferenças quando analisamos.
Qual sua opinião sobre o processo de impeachment contra Dilma Rousseff?
Acho que agora está muito mais claro que o impeachment não tem nada a ver com corrupção. O PT ganhou quatro eleições seguidas e os mais ricos, as pessoas mais poderosas, não conseguiram derrotar o PT dentro da democracia. Os problemas econômicos e a impopularidade de Dilma serviram como oportunidade para eles finalmente tirarem a presidente e destruírem o PT fora do processo democrático. O impeachment é só isso: as frações mais ricas, mais poderosas, explorando a oportunidade de mudar o governo que eles não conseguiram tirar nas eleições democráticas. 


 E para sair ligando os pontos não vamos esquecer aquela

Pesquisa Sábado de carnaval: Panamá Papers - José Yunes - Globo - Michel Temer


E aqui algumas respostas de como o Brasil chegou a esse ponto:







Especial: É tudo um assunto só!

Outro dia discutindo sobre as manifestações do dia 15, sobre crise do governo e a corrupção da Petrobrás eu perguntei a ele se tinha acompanhado a CPI da Dívida Pública. Então ele me respondeu: Eu lá estou falando de CPI?! Não me lembro de ter falado de CPI nenhuma! Estou falando da roubalheira... A minha intenção era dizer que apesar de ter durado mais de 9 meses e de ter uma importância ímpar nas finanças do país, a nossa grande mídia pouco citou que houve a CPI e a maioria da população ficou sem saber dela e do assunto... Portanto não quis fugir do assunto... é o mesmo assunto: é a política, é a mídia, é a corrupção, são as eleições, é a Petrobras, a auditoria da dívida pública, democracia, a falta de educação, falta de politização, compra de votos, propina, reforma política, redemocratização da mídia, a Vale, o caso Equador, os Bancos, o mercado de notícias, o mensalão, o petrolão, o HSBC, a carga de impostos, a sonegação de impostos,a reforma tributária, a reforma agrária, os Assassinos Econômicos, os Blog sujos, o PIG, as Privatizações, a privataria, a Lava-Jato, a Satiagraha, o Banestado,  o basômetro, o impostômetro, É tudo um assunto só!...


A dívida pública brasileira - Quem quer conversar sobre isso?


Escândalo da Petrobrás! Só tem ladrão! O valor de suas ações caíram 60%!! Onde está a verdade?

A revolução será digitalizada (Sobre o Panamá Papers)


O tempo passa... O tempo voa... E a memória do brasileiro continua uma m#rd*


As empresas da Lava-jato = Os Verdadeiros proprietários do Brasil = Os Verdadeiros proprietários da mídia.

Desastre na Barragem Bento Rodrigues <=> Privatização da Vale do Rio Doce <=> Exploração do Nióbio



Trechos do Livro "Confissões de um Assassino Econômico" de John Perkins 

Meias verdades (Democratização da mídia)

Spotniks, o caso Equador e a história de Rafael Correa.

O caso grego: O fogo grego moderno que pode nos dar esperanças contra a ilegítima, odiosa, ilegal, inconstitucional e insustentável classe financeira.



UniMérito - Assembleia Nacional Constituinte Popular e Ética - O Quarto Sistema do Mérito 

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O que tenho contra banqueiros?! Operações Compromissadas/Rentismo acima da produção

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Comentários políticos com Bob Fernandes. 

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Ricardo Boechat - Talvez seja ele o 14 que eu estou procurando...

Melhores imagens do dia "Feliz sem Globo" (#felizsemglobo)

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Sobre Propostas Legislativas:

Manifesto Projeto Brasil Nação

A PLS 204/2016, junto com a PEC 241-2016 vai nos transformar em Grécia e você aí preocupado com Cunha e Dilma?!

A PEC 55 (antiga PEC 241). Onde as máscaras caem.

Em conjunto CDH e CAE (Comissão de Direitos Humanos e Comissão de Assuntos Econômicos)

Sugestão inovadora, revolucionária, original e milagrosa para melhorar a trágica carga tributária brasileira.


Debates/Diálogos:

Debate sobre Banco Central e os rumos da economia brasileira...

Diálogo sobre como funciona a mídia Nacional - Histórias de Luiz Carlos Azenha e Roberto Requião.

Diálogo sobre Transparência X Obscuridade.

Plano Safra X Operações Compromissadas.

Eu acuso... Antes do que você pensa... Sem fazer alarde...talvez até já tenha acontecido...


Depoimento do Lula: "Nunca antes nesse país..." (O país da piada pronta)
(Relata "A Privataria Tucana", a Delação Premiada de Delcidio do Amaral e o depoimento coercitivo do Lula para a Polícia Federal)

Democratizando a mídia:

Entrevistas e mais entrevistas na TV 247


Entrevistas e depoimentos na TVT/DCM


Um ano do primeiro golpe de estado no Brasil no Terceiro Milênio.

Desastre em Mariana/MG - Diferenças na narrativa.

Quanto Vale a vida?!

Como o PT blindou o PSDB e se tornou alvo da PF e do MPF - É tudo um assunto só!


Ajuste Fiscal - Trabalhadores são chamados a pagar a conta mais uma vez

Resposta ao "Em defesa do PT" 

Sobre o mensalão: Eu tenho uma dúvida!



Questões de opinião:

Eduardo Cunha - Como o Brasil chegou a esse ponto?



Sobre a Ditadura Militar e o Golpe de 64:

Dossiê Jango - Faz você lembrar de alguma coisa?


Comissão Nacional da Verdade - A história sendo escrita (pela primeira vez) por completo.


CPI da Previdência


CPI da PBH Ativos


Sobre o caso HSBC (SwissLeaks):

Acompanhando o Caso HSBC I - Saiu a listagem mais esperadas: Os Políticos que estão nos arquivos.


Acompanhando o Caso HSBC II - Com a palavra os primeiros jornalistas que puseram as mãos na listagem.


Acompanhando o Caso HSBC III - Explicações da COAF, Receita federal e Banco Central.



Acompanhando o Caso HSBC V - Defina: O que é um paraíso fiscal? Eles estão ligados a que países? 


Acompanhando o Caso HSBC VI - Pausa para avisar aos bandidos: "Estamos atrás de vocês!"... 


Acompanhando o Caso HSBC VII - Crime de evasão de divisa será a saída para a Punição e a repatriação dos recursos


Acompanhando o Caso HSBC VIII - Explicações do presidente do banco HSBC no Brasil

Acompanhando o Caso HSBC IX  - A CPI sangra de morte e está agonizando...

Acompanhando o Caso HSBC X - Hervé Falciani desnuda "Modus-Operandis" da Lavagem de dinheiro da corrupção.



Sobre o caso Operação Zelotes (CARF):

Acompanhando a Operação Zelotes!


Acompanhando a Operação Zelotes II - Globo (RBS) e Dantas empacam as investigações! Entrevista com o procurador Frederico Paiva.



Acompanhando a Operação Zelotes IV (CPI do CARF) - Apresentação da Polícia Federal, Explicação do Presidente do CARF e a denuncia do Ministério Público.

Acompanhando a Operação Zelotes V (CPI do CARF) - Vamos inverter a lógica das investigações?

Acompanhando a Operação Zelotes VI (CPI do CARF) - Silêncio, erro da polícia e acusado inocente depõe na 5ª reunião da CPI do CARF.

Acompanhando a Operação Zelotes VII (CPI do CARF) - Vamos começar a comparar as reportagens das revistas com as investigações...

Acompanhando a Operação Zelotes VIII (CPI do CARF) - Tem futebol no CARF também!...

Acompanhando a Operação Zelotes IX (CPI do CARF): R$1,4 Trilhões + R$0,6 Trilhões = R$2,0Trilhões. Sabe do que eu estou falando?

Acompanhando a Operação Zelotes X (CPI do CARF): No meio do silêncio, dois tucanos batem bico...

Acompanhando a Operação Zelotes XII (CPI do CARF): Nem tudo é igual quando se pensa em como tudo deveria ser...

Acompanhando a Operação Zelotes XIII (CPI do CARF): APS fica calado. Meigan Sack fala um pouquinho. O Estadão está um passo a frente da comissão? 

Acompanhando a Operação Zelotes XIV (CPI do CARF): Para de tumultuar, Estadão!

Acompanhando a Operação Zelotes XV (CPI do CARF): Juliano? Que Juliano que é esse? E esse Tio?

Acompanhando a Operação Zelotes XVI (CPI do CARF): Senhoras e senhores, Que comece o espetáculo!! ("Operação filhos de Odin")

Acompanhando a Operação Zelotes XVII (CPI do CARF): Trechos interessantes dos documentos sigilosos e vazados.

Acompanhando a Operação Zelotes XVIII (CPI do CARF): Esboço do relatório final - Ainda terão mais sugestões...

Acompanhando a Operação Zelotes XIX (CPI do CARF II): Melancólico fim da CPI do CARF. Início da CPI do CARF II

Acompanhando a Operação Zelotes XX (CPI do CARF II):Vamos poupar nossos empregos 



Sobre CBF/Globo/Corrupção no futebol/Acompanhando a CPI do Futebol:

KKK Lembra daquele desenho da motinha?! Kajuru, Kfouri, Kalil:
Eu te disse! Eu te disse! Mas eu te disse! Eu te disse! K K K


A prisão do Marin: FBI, DARF, GLOBO, CBF, PIG, MPF, PF... império Global da CBF... A sonegação do PIG... É Tudo um assunto só!!



Revolução no futebol brasileiro? O Fim da era Ricardo Teixeira. 




Videos com e sobre José Maria Marin - Caso José Maria MarinX Romário X Juca Kfouri (conta anonima do Justic Just ) 





Do apagão do futebol ao apagão da política: o Sistema é o mesmo



Acompanhando a CPI do Futebol - Será lúdico... mas espero que seja sério...

Acompanhando a CPI do Futebol II - As investigações anteriores valerão!

Acompanhando a CPI do Futebol III - Está escancarado: É tudo um assunto só!

Acompanhando a CPI do Futebol IV - Proposta do nobre senador: Que tal ficarmos só no futebol e esquecermos esse negócio de lavagem de dinheiro?!

Acompanhando a CPI do Futebol VII - Uma questão de opinião: Ligas ou federações?!

Acompanhando a CPI do Futebol VIII - Eurico Miranda declara: "A modernização e a profissionalização é algo terrível"!

Acompanhando a CPI do Futebol IX - Os presidentes de federações fazem sua defesa em meio ao nascimento da Liga...

Acompanhando a CPI do Futebol X - A primeira Liga começa hoje... um natimorto...

Acompanhando a CPI do Futebol XI - Os Panamá Papers - Os dribles do Romário - CPI II na Câmara. Vai que dá Zebra...

Acompanhando a CPI do Futebol XII - Uma visão liberal sobre a CBF!

Acompanhando a CPI do Futebol XIII - O J. Awilla está doido! (Santa inocência!)

Acompanhando a CPI do Futebol XIV - Mais sobre nosso legislativo do que nosso futebol



Acompanhando o Governo Michel Temer

Acompanhando o Governo Michel Temer I

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